segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Meu Amor!




Meu amor!
My love!


Tão lindo é o meu amor,
Que quando te vejo,
Mais te quero,
E te a amo!

Quando estamos nós dois,
Juntos num só corpo,
Nos misturamos,
E nos inventamos...

E nunca é a mesma coisa,
E nunca é igual,
E todos às vezes,
É única e nossa...

E nesse tempo,
O mundo lá fora,
Já não vale nada,
Somos só nós dois...

E não haverá quem ouse dizer,
Que não somos perfeitos,
E não haverá ninguém,
Que invada nosso mundo...

Não há quem possa negar,
Esse plano mais perfeito,
Que junto o teu com meu peito,
Seja o amor eleito...

Amo-te,
Amor meu,
Amor de amor,
Amor puro amor...

E vamos juntos caminhando,
Lado a lado,
Sonho a sonho,
Na mais pura realidade...



sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Susto nos idosos!







Susto nos idosos!


Antigamente as crianças eram assustadas com a história de que os monstros existiam e que viriam pegá-las caso não se comportassem. O tempo passou, os monstros ficaram amigos das crianças! Fizeram filmes com monstros amigos, bonecas monstros, vampiros vegetarianos e tudo ficou amenizado, pois na verdade, esses monstros não existem... Existe sim, pessoas "monstro"...
Após de séculos assustando crianças, agora é a vez dos idosos...
Os pobres velhos que ficaram obsoletos por uma sociedade que cultua a juventude, o belo, o novo, o músculo bombado, perderam seu espaço e são jogados por aí, ou até trancados em cárcere privado em suas próprias casa. Não, não importa a sabedoria que adquiriram, as rugas de experiência da vida, eles estão  por aí se sentindo um peixe fora d'água. Com o advento da globalização e da internet piorou, para eles o monstro é o computador. É para quem escrevia cartas, usava papel e lápis, ou mais antigamente, pena e nanquim, pronto, o desconhecido os assolou... Alguns mais espertos não se deixaram abater, foram atrás do prejuízo e aprenderam computação. Eu quis que meu pai aprendesse, não quis! Achou que não iria dominar essa onda... Eu vou continuar insistindo para que isso não vire um monstro para ele...
Voltando ao fato de assustar, eu nunca tinha ouvido isso, mas ameaçar idosos com a internet deveria ser um crime. Parece piada, mas é verdade, eis que ameaçaram os idosos com a tal da internet: "- Vocês fiquem quietinhos! Façam tudo o que eu quero, senão vou colocar tudo o que sei sobre vocês na internet...". Seria cômico que não fosse trágico porque eles acreditaram! Se fossem velhinhos famosos, mesmo assim, é estranho... Eu gostaria de saber onde vão colocar os fatos da vida de três idosos na internet: no facebook?, No twitter?, No instagram? Algum blog? 
Essa foi boa, agora o monstro dos idosos é a internet!
Para onde caminha a humanidade? 
Até quando vamos deixar nos manipular por uma sociedade doente? 
Valorizem os idosos!




quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Silêncio!




Silêncio


Mente silencia-te,
Mente cala-te,
Fica quieta!
Não quero pensar...

Quero paz!
Quero ser...
Quero apenas existir,
Silêncio...

Chega de zum, zum, zum,
E diz que disse...
Que ele disse,
Que ela disse...

Esse tal de blá-blá-blá,
Esse tal de ti-ti-ti...
Sai zumbido daqui!
Sai disque, disque vazio...

Ah! Faça me um favor mente!
Para de mentir!
Nada importa-me,
Esse vai-vem de burburinhos...

Posso passar,
E apenas ser?
Sem toda essa coisa de sociedade,
Vaidade!

Julgamentos,
Lamentos,
Mentiras,
Inventos... Ventos... delírios...

Sociedade galopante,
Delirante!
Imposta e torta!
Cada a essência? O ser? Humano...

É demasiadamente, mente, desumano...
Não, eu não vou pensar em vocês "pensamentos"...
Quero apenas sentir com o coração,
E não com a mente...
Desapego do que não me pertence...

Silêncio...

sábado, 14 de dezembro de 2013

Cartinha de uma paciente!





Cartinha da Maria

E é por isso que amo a medicina, porque posso fazer o bem! Apesar de algumas vezes ficar cansada, sentir-me desmotivada, por "eles", pelos pacientes sigo em frente...
Escolhi essa profissão apenas por "um" motivo: fazer o bem, dar-me a quem precisa... O resto, é resto, e quem precisa de restos para viver...

Carta da Maria:

"Dra. Lilian:

Quero lhe agradecer por tudo que você tem feito por mim,
pela esperança que você me ensinou acreditar,
pelas poucas vezes que conversamos aprendi com você muitas coisas uma delas foi a olhar para frente e poder ver que existe pessoas, pior que a minha doença, todas às vezes que eu tenho consulta marcada com você eu ficava desesperada, mas quando tornei-me sua paciente fiquei mais feliz ainda quando nos tornamos grandes amigas, hoje graças à Deus e a você, por está no meu caminho me ajudando espero que você nunca deixe de ser minha médica e minha grande amiga é por meio dessas palavras que quero lhe agradecer e desejar toda sorte do mundo e quero que você viva muitos e muitos anos, mas não esqueça de mim...
Espero que Deus abençoe suas mãos para você me curar, você é minha esperança!
Um verdadeiro amigo é o maior de todos os bens e o que menos pensamos em conquistar.
De sua paciente ou melhor amiga
que te admira não só como médica
mas como um ser. Um grande beijo
Ass: Maria Aparecida"

Maria, para você sempre o meu amor, mesmo de longe...
  

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Whatsapp




Whatsapp


A saudade bateu na porta, toc, toc,toc. Não sonhei com você, sonhei com a sua presença, você não aparecia no sonho. Perguntei para alguém se você tinha whatsapp... Como você poderia ter whatsapp? Alguém que já partiu desse mundo pode ter whatsapp? É vontade, vontade de falar com você! Como isso é duro! Querer falar com uma pessoa e não poder! Essa situação é triste e ingrata! Dá vontade de falar um palavrão! E o pior, não tem solução... Eu só queria seu whatsapp, para falar um "oi" e saber como "vai" você... É, e você? Cadê?
"E por falar em saudade, onde anda você..." Vinicius de Moraes:


Onde anda você
Vinicius de Moraes


E por falar em saudade
Onde anda você
Onde andam os seus olhos
Que a gente não vê
Onde anda esse corpo
Que me deixou morta
De tanto prazer

E por falar em beleza
Onde anda a canção
Que se ouvia na noite
Dos bares de então
Onde a gente ficava
Onde a gente se amava
Em total solidão

Hoje eu saio na noite vazia
Numa boemia sem razão de ser
Na rotina dos bares
Que apesar dos pesares
Me trazem você

E por falar em paixão
Em razão de viver
Você bem que podia me aparecer
Nesses mesmos lugares
Na noite, nos bares
Onde anda você

http://www.youtube.com/watch?v=JLU3ghQVFb4




quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Maldade humana! (human wickedness)

 
 
 
 
 
Maldade Humana!
 
 
O que é a maldade? Qual a melhor definição para a maldade? Eu pego o dicionário Aurélio, quero ver a definição correta da palavra: 1- Latim significa malitate, 2- substantivo é a qualidade de ser mau, 3- Ação má, malvadez, 4- malícia.
Acho engraçado, a palavra malícia entra no significado de maldade. Porque? Ah, a definição de malícia significa: tendência para o mal, astúcia, dissimulação, esperteza, intenção satírica.
Conclusão, a maldade é uma qualidade, por sinal péssima de um indivíduo! Além de ser mau, ele tem a malícia para o fazer; e além de ser mau, com malícia, dissimulado, esperto para o mau, sua intenção é se divertir! Pronto, explicado, na língua portuguesa o que é ser uma pessoa má! Fico perplexa! Tudo explicado e simples, a pessoa gosta de ser má e quer se divertir...
 
Não, não me conformo, deve haver outra explicação, deve ter uma base patológica, algum circuito neuronal queimado... Eu vou procurar no meu livro Principles Of Neural Science, Kandel. Penso que uma pessoa má deve ser uma árvore de natal com uma lampadazinha queimada, pifou a circuitaria... Tristeza...
 
Pelo livro do Kandel, existe uma explicação! Pode ser patológico! Um foco irritativo no sistema nervoso central, na área temporal, do qual a pessoa venha desconhecer que possui, pode a transformar numa pessoa intensamente emocional, ardentemente religiosa e carente de humor, mas não fala nada de maldade. Fico na dúvida... Nem a neurologia consegue explicar tal "qualidade"... Maldade, maldade, maldade...
 
 E agora lembro de Jesus:
"Pai, perdoai-os porque eles não sabem o que fazem." Lucas 23:24. E lembro também que Jesus amava as crianças, e porque as amava de forma incondicional e verdadeira, elas o amavam também...  

É, a maldade tem origem na alma dos homens...



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Natal e consumismo!

http://www.dn.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=3570164
Mia Couto escreve uma história sobre Natal e consumismo....
Quando vamos aprender a comemorar o Natal com sentimento e não como uma festa farta cheia de presentes, comidas, etc..., etc...,etc...?
Nem todos as crianças do mundo têm esse tipo de Natal e chega ser um afronto às comunidades mais pobres....
Quando deixaremos de pensar dessa forma condicionada que nos foi imposta por um mundo capitalista onde o amor está longe de ser verdadeiro?
Liluan Regina Gonçalves

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Escrever e cura!

Sigo sempre escrevendo...

http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/escrever_acelera_a_cura.html

A palavra "saudade"

 
 
 
 
A palavra "saudade".
 
Sempre ouvi dizer que não existe tradução para a palavra "saudade" em inglês. Pelo que procurei não existe literalmente a tradução da palavra, mas sim "formas" de dizer a palavra saudade ou saudades.
Antigamente eu achava um absurdo não existir tradução para essa palavra, puro engano, hoje sei que essa palavra não pode ser traduzida. E se ela existe na língua portuguesa, simplesmente deve ser um presente, pois saudade não pode ser definida por uma palavra! Saudade é algo tão profundo que só quem a sentiu no fundo do âmago de sua alma sabe que ela não pode ser explicada e nem traduzida.
A saudade bate no seu coração, chega dar uma dorzinha lá no fundo dele, parece até que conseguimos a detectar num lugar que imaginamos no coração. Porque a localizamos no coração? Porque não dizemos: "-Ai que saudades que chega doer meu cérebro?". É engraçada, ela se localiza no peito, no coração... É nosso coração que sofre!
 
Fico pensando, se a palavra "saudade" não existisse na língua portuguesa, não haveria o FADO. Eu tenho escutado muito o Fado, porque ele consegue traduzir um pouco dessa saudade que invade o meu peito e se aloja no meu coração. Parece que não estou só quando o escuto e então, sinto que há outras pessoas que falam a mesma língua que eu...
Agora falando em "coração", lembrei-me de uma aula na faculdade de medicina. A aula era de patologia, o professor se chamava Mario Veloni, ele era um excelente professor, muito exigente, bravo e às vezes cômico. O humor dele era trágico e tinha que ser para nos passar firmeza... A medicina tinha até uma música que cantávamos sempre, e uma parte se dirigia ao mestre Veloni, eu não sei se ainda cantam essa música, mas dizia: "Já dizia o mestre Veloni, quem tem "saco" põe na mesa para bater, se for "roxo" ele não vai doer...". A palavra "saco" aqui, se referia a uma parte da genitália masculina... Para mim a mensagem era a seguinte: "vocês iram precisar de muita determinação nessa jornada, muita força, muita coragem, terão que sentir dor, sem a sentir...".
 
Voltando para a aula de patologia, estávamos todos no laboratório de anatomia, para a aula pratica. Na sala havia umas quatro ou cinco bancadas, em cada bancada, talvez houvesse cinco microscópios, ficávamos em pares, eu não lembro exatamente. Ele dividia entre nós lâminas com alguma parte de nosso corpo com alguma alteração para ermos no microscópio, outras vezes, distribuía "peças" anatômicas (alguma parte do nosso corpo). Essa aula que me lembro de bem era aula sobre patologias do coração. Ele estava lá na frente e falava, falava sobre o coração. Depois com certeza receberíamos o coração para analisá-lo e verificar as mudanças causadas pela doença. Nesse dia ele inovou! Tinha um coração humano na mão e explicava, explicava sobre ele. Quando terminou falou: "Agora vou passar o coração para vocês verem!". Pensávamos que ele iria pegar o coração e entrega-lo nas mãos de algum aluno... Eis que a loucura surgiu em seus neurônios, e ele disse em fração de segundos: "- Agora peguem o coração!". E o atirou pelos ares na minha direção! A sorte foi que em frações de segundos levantei as mãos e consegui agarrar o coração com as mãos bem na frente do meu rosto! Naquele momento pensei: "- Nossa é preciso ter "saco roxo" mesmo!".
Que saudades no meu coração...
 
 
 

domingo, 1 de dezembro de 2013

Previsão para Dezembro!






Dezembro!


Ah, chegou o mês de Dezembro!
Dia primeiro de Dezembro,
E tudo será como sempre foi...
O Papai Noel  irá chegar como sempre chegou e nunca existiu,
É Natal!

Busca frenética por presentes,
Consumismo,
Capitalismo,
O intuito é vender, é comprar presentes,
Presentes para cá, presentes para lá...

Meu filho já está pensando que existem ao menos cinco papais-noéis,
Plural...
O do shopping,
O da casa da amiguinha,
O da casa da prima,
O da escola,
O da televisão,
O do  rua,
Resolveu pedir um presente para cada um....
E o pior é que ele nem existe...

Pergunto de novo: "- Filho você acredita em papai Noel?
Ele responde: "- Claro mãe!"
Vontade de contar a verdade...
Uma amiga diz: "- Não, não conte agora! Deixa pelo menos passar o Natal"...
Melhor assim... E vamos viver a ilusão...

A ilusão que todas as crianças ganharão presentes do papai Noel...
A ilusão de que todos terão uma ceia de Natal farta,
A ilusão que Dezembro é só festa...
Vamos viver a ilusão da ilusão que ainda existe...

Mas um menino vai nascer,
Um menino chamado Jesus...
Num estábulo, num lugarzinho pobre, mas com amor,
E entre o papai noel cheio de presentes e o menino pelado estará Dezembro...
Dezembro...
Entre a exuberância do papai noel e a simplicidade de Jesus estará Dezembro...
Entre a ilusão e realidade, Dezembro...
Entre a riqueza e a pobreza, Dezembro...
Entre a ausência e a presença, Dezembro...
Entre a saúde e a doença, Dezembro...
Entre as luzes piscantes e a escuridão, Dezembro...
Entre a esperança e a desesperança, Dezembro...
Entre a mesa farta e um pedaço de pão, Dezembro...
Dezembro...
Dezembro...
Parece sempre igual...



Dia cinzento...





Dia cinzento...


Acordei sem querer,
Ainda é cedo, mas acordei,
Piu, piu, um passarinho na janela,
Sono, sono e já nada sei...


O dia está cinza,
Não tem sol,
Tudo é silêncio por aqui,
O relógio da cozinha faz tic-tac, tic-tac, tic-tac...


Todos dormem,
E eu aqui acordada,
Neste dia cinza de domingo,
E nada sei, nada sei....


Os passarinhos estão cantando,
Não quero confusão neste dia,
Quero paz no domingo,
No domingo cinzento...


Eu sei que daqui a pouco todos irão acordar,
Alvoroço, almoço, e começa tudo de novo,
O almoço de domingo, a moleza do domingo,
E o domingo cinzento vai passar...

Amanhã é segunda-feira....
E todos reclamarão que é segunda-feira,
Farão a mesma coisa,
Irão para seus trabalhos, cumpriram suas obrigações...


Acorda,
Levanta,
Lava o rosto,
Escova os dentes,
Toma o café da manhã,
Ir para o trabalho que não gosta, ou talvez goste...
Escutar ouvir falar de política,
Corrupção, inação, nada a fazer...
Ir ao médico,
Fazer aquele exame, e outro exame, e outro exame...
Ganhar dinheiro...
Gastar dinheiro...
Pensar no dinheiro,
Pensar na saúde,
Pensar na educação dos filhos,
Pensar no futuro dos filhos,
Comprar uma casa,
Comprar um carro,
Comprar uma televisão,
Comprar um videogame,
Ir ao supermercado,
Fazer compras,
Pegar crianças na escola,
Voltar para casa,
Tomar banho,
Jantar,
Dormir...
Acordar no outro dia e...
Repetir toda a rotina...
Novo domingo cinzento...
Fim!










terça-feira, 26 de novembro de 2013

Quisera!






Quisera!


Quisera eu que algumas lembranças, memórias contidas em meu cérebro fosse apagadas. Penso naquele filme "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças" (Eternal Sunshine of the Spotless Mind), no qual Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) formavam um casal que durante anos tentaram fazer com que o relacionamento desse certo. Desiludida com o fracasso, Clementine decide esquecer Joel para sempre e, para tanto, aceita se submeter a um tratamento experimental, que retira de sua memória os momentos vividos com ele; eu gostaria que tal procedimento existisse. O filme é uma ficção científica, do ano de 2004, e realmente espero que um dia essa ficção científica vire realidade. Eu, como neurologista, acredito muito que um dia isso será possível, e então, gostaria de me submeter a tal procedimento.
Queria sim apagar memórias do meu cérebro! Seria uma beleza acordar e não se lembrar de coisas indesejáveis, memórias que vira e mexe pipocam no seu cérebro. Elas parecem erva daninha, você não quer pensar que viveu tal situação, que conheceu tal pessoa, mas seu cérebro vai lá e resgata essas memórias sem você querer! 
Enquanto isso não é possível (por enquanto), vou fazendo uma listinha de tudo que quero esquecer para sempre, e quando tal procedimento existir, vou lá e até me candidato ao grupo de estudo experimental, vou ser cobaia. Eu quero deletar essas memórias como a Clementine, personagem do filme fez. E acordar no dia seguinte, leve, livre e solta, "formatada". 
 
  
 

domingo, 24 de novembro de 2013

Nononono!

 
 
 
 
Nononono!
 
 
Seria cômico se não fosse trágico, mas fato é que o ocorrido era verdadeiro. A paciente estava lá, sentada na minha  frente, tinha tido um "derrame", um AVC (acidente vascular cerebral) e de todo o vocabulário aprendido no decorrer dos seus sessenta anos foi a sílaba "no", que falava quatro vezes repetidas, tornando-se uma palavra "nononono".
No início, até pensei que a sílaba "no", queria dizer "não", mas não era isso, ela dizia "nononono" para tudo mesmo que a pergunta derivasse uma reposta afirmativa. Falava "nononono" e afirma com a cabeça. Realmente, era o que lhe sobrara da sua fala, todo o seu português. 
Fiz perguntas para a paciente, ela respondeu, disse seu "nononono", eu acho que entendi. O filho que a acompanhava na consulta deu uma risada, realmente era cômico, se não fosse trágico, até ela mesma ria. A vida havia pego uma peça na senhora...
Fiquei pensando, porque lhe restar apenas essa sílaba no vocabulário, "no", seria não? Não há tantas coisas que queríamos realmente dizer "não" e falamos "sim"! Eu mesmo demorei para dizer "não", não como palavra, mas como vontade, para pessoas, para situações... Luto até hoje com esse "não", esse "não" que é: não quero, não posso, não estou com vontade, não gosto disso, não vou fazer isso para agradar o outro, e tantos outros não... Às vezes, é impossível dizer não, mas outras vezes é imprescindível, mesmo que gente fique com cara emburrada...
Depois de vários anos de terapia, sempre lembro da minha mestra dizendo: "- Olhe sempre para dentro de você! Puxe a camiseta vestida, coloque a cabeça lá dentro e pergunte para seu coração, e se a resposta for não, escuta-te, diga não! Porque se não a vida vai acabar arrumando uma forma de você dizer "não"....   

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O HOMEM (JESUS CRISTO) legendado - Roberto Carlos / Erasmo Carlos.avi

O Comboio Parte II





O Comboio Parte II


Já faz um ano que andei nesse comboio,
E estou aqui com minhas anotações,
Livrinho amarelo, com minha letra,
Todo escrito em forma de orações...

Estou em pensamento dentro daquele comboio...

Entra uma senhora apressada,
Com um casaco cor de caramelo,
Procura o número de seu assento...
O comboio não pára em segue em movimento...

Olho pela janela,
Um homem no meio do mato,
Ele tem uma fogueira acessa,
Um boné e uma história na cabeça.

E lá vai o comboio...

Entra o fiscal no vagão,
Conferi os lugares,
Pedi os bilhetes,
E segue no seu trabalho, todos pagaram pela viagem!

Árvores com folhas amarelas,
O barulho do trem sobre os trilhos,
Seguindo seu caminho,
E amanhã, passará novamente e nada será igual...

Outras pessoas estarão no trem amanhã,
Outra paisagem,
Folhas de árvores caídas,
E o homem do boné, talvez não esteja mais no mesmo lugar...

Vejo muitas pedras, pedregulhos pelo caminho,
Lembro-me do poema de Carlos Drummond de Andrade,
"No meio do caminho",
No meio do caminho havi uma pedra...

Penso na vida finita que conheço,
Penso  no infinito,
Penso no cientista, no filósofo e professor,
Penso na alma mais bonita!

Penso no amor eterno,
Nas almas gêmeas,
No amor inesquecível,
E viver além disso, apesar disso...

Eu podia dormir na viagem,
Como o rapaz ao meu lado,
Mas estou aqui escrevendo,
O que vou percebendo...

Escrevendo, sinto-me viva...
Sinto meu coração bater,
E meu sangue pulsar,
Sinto o ar dessa tarde em novembro entrar nos meus pulmões...
Vida!

Olho agora para os trilhos do trem,
São muitos no caminho,
Se entrelaçam, cruzam-se,
Seguem em paralelo, faz-me pensar na vida, tal como ela é...
Como trilhos de trem... Metáfora!

O comboio para em outra estação,
Entra um moço que me faz lembrar você!
É tão parecido que faz meu coração bater mais rápido!
Não é você, jamais poderia ser...

A lembrança, faz meus olhos encherem de lágrimas...
Saudades, saudades,
Você é saudades!
Meu amor!

Foi bom escolher esta viagem no trem,
Quis assim, um momento assim,
E essa viagem já dura uma hora e dez minutos,
E lá vou eu...

Um passarinho voando livremente,
A ponte, o rio, os fios da eletricidade,
E tudo se mistura,
O antigo e o moderno, o novo e o velho...

E tudo se resume no momento,
Que há um segundo, será passado,
E tudo ficará entre presente e futuro,
Mas o presente é tão rápido... Haverá tempo?

Não, não exite o tempo...
Não temos o mesmo tempo,
A pouco tomei café da manhã,
Mas para muitos já está na hora do almoço...
O tempo não existe!

O sol aparece entre as nuvens,
E acredito que por hoje é só...
Fim da viagem de comboio, trem...
Piuí-piuí... O trem chegou na estação...   

Um dia!





Um dia!


Chega um dia que de repente você acorda sem vontade de comer. Senta-se ao redor da mesa da cozinha vai preparar seu café da manhã e não encontra nada que lhe dê apetite. Você está com fome não tem vontade de comer nada, nada, nada!
Abro o armário alguns pacotes de bolacha caem sobre minha cabeça, olho-os todos e chego a conclusão que não quero bolacha! As bolachas recheadas tem gordura trans, dizem que faz mal a saúde, as outras me parecem tão artificial...
Eu estou com muita vontade de tomar o café da manhã, mas nada me apetece!
Vou ver os pães que tem em casa. Outro dia tinha um pão industrializado integral de forma, parecia uma verdadeira borracha, era horrível! Estão lá os pães no saquinho, todos integrais e que fazem bem à saúde (eu acho)... Acho uma bolacha integral no pacote, a última, derradeira, pego-a e dou uma dentada, meio mole, mas não vou jogar fora, pois me lembro das crianças pobres todas magrinhas sem comida pelo mundo a fora... Não, não, não posso jogar aquela bolacha fora e pegar uma nova crocante, seria um desafronto demais para minha consciência. Lembro dos dias de férias que passei na aldeia, na casa da minha avó em Portugal. O padeiro trazia o pão novo fresquinho e quentinho na sua carrinha, minha avó comprava, mas não deixava a gente comer o pão fresco, pois primeiro tinha que acabar com o pão antigo, frio e duro...
Resolvo esquentar meu pão integral na chapa e comer com manteiga. Procuro, procuro, procuro a chapa e não encontro!  Nada de pão na chapa! Aqui em casa tem sido assim, parece que tudo some, então nem adianta procurar, tem que desisitir mesmo da procura e passar para a segunda opção... Minha mãe ensaca todas as coisa, ou coloca em potes de plásticos ou vidro, meu filho mexe com as coisas para lá e para cá, fora a assistente do lar que faz suas arrumações... Então, mudei para pão integral com uma fatia de mussarela e peito de peru, bah, bah... E lá se foi o meu café da manhã... O que foi meu café? Uma xícara de café solúvel, nescafé.... 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O meu amigo morador de rua!







O meu amigo morador de rua!


Eu não sei o nome do meu amigo morador de rua, mas está lá, na rua por onde passo todo os dias. Não seu passado, não sei o que faz, não sei dos seus hábitos, se é alcoólatra, usuário de drogas,ou tabagista. Ele me parece um senhor normal, de seus sessenta anos de idade. Só sei que me faz feliz quando saiu do seu trabalho com estas palavras: "- Até logo doutora! Bom descanso!". Fala isso com um sorriso no rosto, com tamanha sinceridade que meu coração sente gratidão.
Fico aí entre a cruz e a espada, ao mesmo tempo feliz ao mesmo tempo triste. Eu teria o direito de ficar triste por vê-lo assim, numa cada improvisada que cabe somente o seu corpo ora deitado, ora sentado, cuja porta é um arranjo de caixas de papelão? Não, não posso ficar triste, a felicidade não é analisada desse jeito, talvez ele seja mais feliz que eu...
Ele não me parece triste, ele sabe ser amável comigo, ele faz alguém feliz nesse mundo: "eu"!.
Às vezes passo despercebida, porque a casa dele apesar de ser na rua é escondida, ele diz: "- Doutora, bom final de semana! Descansa!". Eu digo, "obrigada" e fico com o coração na mal. Já cheguei a falar algumas coisas, nada profundo, tenho medo de ficar triste, já que a tristeza me acompanha deste que meu amigo partiu desse mundo. E agora que estou melhor, tenho medo da tristeza...
Tem dias, aqueles de frio com vento gelado, que a casinha que cabe seu corpo está fechada com a porta de papelão. Eu não sei como ele está lá dentro e como vai passar toda a noite e madrugada, eu rezo e peço a Deus que ele sobreviva! E então, no dia seguinte ou num dia em que eu esteja passando distraída ele me fale "Tchau doutora, boa noite, bom descanso"...


 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Chorar!





Chorar!

Eu choro sim!
Choro porque te amo,
E por que te amo choro!
Lágrimas de choro...

Choro com a alma,
Choro com o riso,
Choro com os olhos,
Choro com o coração...

E porque choro,
Choro porque não te vejo,
E sua ausência para meus olhos,
Fazem eles chorar...

Poc, poc, poc...
Cai lágrima salgada,
Escorre nas estradas da minha face,
E cai no chão, no cimento desse mundo moderno...

Poc, poc, poc,
Lágrima triste, não irás cair na terra,
Cairás no cimento,
Atenção! Aqui é proibido chorar! Dizem os homens modernos!
Pense em dinheiro, em poder, em competição...
Vamos fingir alegria! Vamos lá!
Poc, poc, poc...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Engano?





Engano!


Engano! Foi um engano! A medicina não foi a primeira opção que fiz como profissão!
Sempre tive a impressão que eu tinha escolhido ser médica desde criança, e que nunca havia tido dúvidas sobre essa decisão. Mas últimamente comecei a pensar que alguma coisa saiu errado, ou o amor pela medicina chegou ao fim, ou foi um sonho de criança de cinco anos de idade, ou tinha sonhado antes outra coisa e não dei atenção para esse outro sonho. Em último caso, amo realmente a medicina, mas não amo ser médica no contexto geral em que me encontro!
Tudo se mistura é a realidade vivida é na verdade sonhos sonhados, sonhos vividos e não vividos, decepções e alegrias, mas na verdade, o que acontece ou aconteceu?
Sempre digo que escolhi ser médica com cinco anos de idade e nunca mais mudei de opinião, segui firmemente esse sonho, essa escolha e deu certo... Fui atrás de um sonho e consegui realizá-lo. Nunca pensei se teria condições para exercer a faculdade de medicina ou não, simplesmentei foquei, como é comum dizer hoje em dia: "- Foca na sua meta, no seu sonho!", foca do verbo "focar", não olhar para os lados, não perder de vista , estar sempre ali, olhando para frente, como um cavalo com aquele acessório que leva nos olhos para não olhar para os lados... 
Mas pensando agora com os meus "botões" pura distração! Antes de ser médica, eu queria ter sido bailariana! Esse sim foi o primeiro sonho... Lembro-me que estava encantada com os ensaios de balé quando era pequena, eu amava dançar. Apresentei-me três vezes, a primeira fantasia eu era uma flor, nos apresentamos no teatro Conchita de Moraes. Depois, lembro-me da apresentação da formatura, no mesmo teatro, meu personagem era uma boneca. A ilusão acabou quando o lugar da prefeitura em que eu fazia balé fechou! Meu pai não tinha condições de pagar aulas de balé particular para mim... O sonho foi chegando ao fim...
 
Entre indas e vindas, fui para na natação. Como eu tinha bronquite o médico recomendou que eu nadasse, minha mãe me colocou nas aulas da prefeitura no Estádio Esportivo Pedro Della Antonia, hoje leva o nome de Estádio Bruno Daniel. Eu adorava nadar, meu professor se chamava Jair, lembro dele até hoje, ele fazia de tudo para eu avançar na natação. Cheguei a ser convidada pelo técnico Rosinha da Pirelli para fazer parte do grupo e treinar para competições, era meu sonho, porém também vetado! A exigência era que se treinasse todos os dias e que o pai autorizasse viajar para várias cidades do Brasil par competição, meu pai não autorizou, minha mãe não tinha permissão do meu pai para me levar todos os dias para treinar no estádio... Sonho acabado! O meu professor Jair ficou muito triste. Ele sabia do meu desejo para me aprimorar e competir. Nas competições internas do estádio eu sempre ia, e tirava sempre o segundo lugar. Eu tenho as faixas até hoje, mas às vezes, tenho até dúvidas se não era o jair que pegava a faixa de segundo lugar sem eu ter conseguido... As aulas de natação também chegaram ao fim por causa da prefeitura, piscina olímpica destruída, quem viu disse que fui uma tristeza... Estou para fazer uma visita no estádio, mas ainda não tive coragem...
 
Na adolescência resolvi voltar para a dança, fui para o jazz com as minhas polainas coloridas. Eram horas muito agradáveis! Mas chegava o vestibular, não havia mais tempo era só estudar para entrar na medicina... O sonho de ser médica desde infãncia sempre existiu, eu amava brincar com minha coleção de frascos de remédios vazios, remédios de balinhas coloridas, seringas sem agulha que pedia  para guardar quando levava uma injeção e fichas médicas que confeccionava sozinha. E assim estou aqui.... Será que era para estar aqui?
Não, não houve engano... Existiram circunstâncias incontornáveis... E tudo saiu assim...

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Você, eu e a Tristeza!




Você, eu e a tristeza!


Amor!
Que tristeza é essa em teus olhos?
Cada aquele sorriso lindo?
Aquela gargalhada que fazia meu mundo colorido?


Amor!
Não pode ser verdade!
E nossas brincadeiras?
Você ali como uma estátua?


Que show mas triste aquele que fomos assistir!
Show de música clássica...
Onde não havia músicos,
Onde não se enchergava nada?

Por onde entramos,
Aqueles túneis quase sem ar,
Para sentarmos separados,
E você ali, estático...

Por mis que eu te abraçasse e beijasse,
Você não sorria e nem brincava,
Que saudades de você antes,
Antes de tudo, antes do mundo cair sobre nossas cabeças...

Tisteza,
Saudades,
De você e eu,
Numa bela gargalhada,
Foi bolha de sabão...
Puft, estourou...


Lilian Regina Gonçalves
Sonho 08/10/2013

domingo, 6 de outubro de 2013

Crianças: - Nascemos folha de papel em branco?





Crianças


As crianças dão muito trabalho para serem criadas, mas ao mesmo tempo nos dá muita alegria e admiração por serem aqueles seres tão a parte do mundo, com seus préprios pensamentos, questionamentos... Decididamente, não tem nada haver com o pensamento dos adultos. Aí com o tempo tudo se vai transformando, conceitos, teorias, "certos" e errados" vão sendo colocados na "cabeça" deles.  
Os filósofos questionaram isso, desde Aristóteles, talvez antes disto. "Tabula rasa" é uma expressão latina que significa literalmente "tábua raspada", que seria para nós na atualidade "folha de papel em branco".
Segundo Aristótoles e John Locke, nascemos folhas de papel em branco, nosso cérebro seria uma bola deformada de "massinha" dessas que as crianças brincam, e depois se vai moldando, acrescentando, tirando massas, colocando outras cores, fazendo rabiscos, recebendo rabiscos (metaforiando)... 
Pois acho que é bem assim... Como neurologista estou sempre instigada e presto muita atenção no meu filho, nas coisas que ele realmente pensa, no que sabe, se já veio sabendo algo...
Jesus, ele não conhecia, nem de vidas passadas, ou se sabia nasceu sem saber que sabia... Fomos nós, a família, que falamos de Jesus e sua importância, mas não temos conta de descrever as características físicas de Jesus. Ele entendeu, do jeito dele... 
Um dia, estávamos passeando em Portugal, visitando os parentes nas aldeias. A mãe de um primo, uma senhora de oitenta e tal anos, restrita em uma cadeira de rodas, vestida totalmente de preto, cabelo curto e branco, desdentada, de barba e com doença de Parkinson, conhecida com o nome de Jesus, foi quem fomos visitar. Chegando na sala, estava a Jesus, toda sorridente e pronta para nos receber! O Lucas entrou na sala, fitou a senhora, e então dissemos: "- Lucas dá um beijinho na Jesus!". Ele admirado disse com os olhos brilhantes: "- Nossa! Você é o Jesus!". Na hora foi engraçado! Todos rimos e então, falamos que não, que ela não era o "Jesus"... Na hora percebi que realmente ele não tinha noção nenhuma sobre Jesus... Ele tinha quatro anos... Depois conto, o segundo encontro do Lucas com a senhora Jesus...
Afinal, nascemos como uma folha de papel em branco?

   

domingo, 29 de setembro de 2013

Sonho: Ilusão, caos e desilusão!








Sonho: Ilusão, caos e deislusão!


 
Havia uma chance! Não, não você não havia morrido subitamente! Eu estava trabalhando
  no hospital quando ouvi a notícia que você estava passando mal, e estva sendo levado para a emergência de um hospital... Eu fiquei apavorada, mas sabia que havia uma chance, você não estava morto.
Eu tinha que ir urgente para tal lugar, ajudar a cuidar de você! Talvez uma lágrima minha que escorresse dos meus olhos e caísse sobre sua face como acontece nos desenhos infantis, o fizesse voltar  vida, um abraço, um murmurar no seu ouvido dizendo: "Por favor, não vá!", "Não me deixe aqui sozinha!", "Eu te amo!", Temos tudo planejado!", "Você disse que me ajudaria!".
Eu precisava de uma chance de te ver ainda vivo, não era possível isso que havia acontecido te encontrar ali, imóvel, pálido, gélido dentro daquele caixão... Mas nem no sonho isso foi possível, todos que estavam trabalhando comigo não sabiam precisar direito qual era o nome do hospital que você estava, se era Hospital Nossa Senhora de Lourdes, de Fátima, do Pilar, Santa Catarina, Santa Marina, São Cristovão, São Bartolomeu de Gusmão, São Luiz... Enfim, não havia ninguém que pudesse me dizer com precisão onde você estava...
É claro, chegaram pacientes no hospital onde eu estava trabalhando e tive que ir socorre-los, colher líquor, num lugar onde não havia condições nenhuma, nem material, nem ajudantes, nem tubos de ensaios para levar o material, nem agulha adequada, nada, nada... É o sonho virou um pesadelo... Enfim...    Fim
 
 
 

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A bondade foi assassinada!

A bondade foi assassinada!


Sim, sim, a bondade foi assassinada ontem!
De que andianta ser bom?
Diga-me você, por favor!
Sem dizer que se vai para o céu, sem meio tom...

Ah, eu sei para onde vão os bons!
Vão presos, são torturados,
Difamados, condenados!
Mortos, assassinados!

Lembro de alguns nomes de pessoas boas,
Prefeito Celso Daniel de Santo André,
Irmã Dorothy,
Gandhi, Mandela, quem mais mané?

Ah, façam-me o favor!
O que fizeram com Jesus Cristo?
Aquele homem bondoso, amoroso, honesto?
Pregaram-no numa cruz, não foi isto?

A mundinho, faça-me um favor!
Parem de viver de maldade e desamor,
Corrupção e injustiça,
Aqui jaz a bondade numa flor...











LRG 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Confissões de Rachel: A festa a fantasia!

Confissões de Rachel









A festa a fantasia!

Escuta essa doutora...


Eu estava na faculdade, primeiro ano tudo novidade, o pessoal da turma do terceiro ano resolveram fazer uma festa a fantasia em uma discoteca! Tudo legal, perfeito! Eu e uma amiga escolhemos nossas fantasias e estávamos ansiosas para o dia da festa chegar!
O dia tão ansioso chegou! Eu vestida de columbina, ela com vestido de can can, dos cabarés franceses. Combinamos de nos arrumarmos juntas, na mesma casa, para uma ajudar a outra, nos detalhes, na maquiagem etc.
O meu vestido era uma graça. Lembro-me até hoje dele, o corpete, era de losangulos, azuis e brancos, saia de tule azul, lantejoulas, fitas, sapatilhas brancas de ballet e pompons.
O pai da minha amiga nos levou de carro até o local marcado, descemos fantasiadas e começamos a notar que não havia quase ninguém de fantasia. Agora já não tinha jeito! As duas, na fila para entrar na porta da discoteca, fantasiadas... Olhamos, e só vimos o carro do pai da menina indo embora... Na época não havia celular, garotas sozinhas não pegavam táxi no meio da noite... O jeito era entrar na festa, enfrentar os veteranos fantasiadas e esperar o horário marcado para o pai dela vir buscar na porta da discoteca.
Foi uma das experiências mais trágica e ao mesmo tempo cômica que passei na minha vida... Lembro que a roupa da minha amiga era preta e vermelha, ainda dava para disfarçar na meia luz da discoteca, mais a minha era azul! Impossivel me esconder...
Sentei no balcão do barzinho e fiquei lá quietinha, ia pedir um drink, ficar no meu cantinho até a hora marcada chegasse para eu ir embora... Eu tinha que sobreviver, eu ia sobreviver... Afinal, era uma festa a fantasia, que não era uma festa a fantasia! Quem estava louco afinal?
Enfim, eu quieta no meu banquinho olhando para o barzinho, um veterano do quinto ano começou a falar comigo: "- Oi, tudo bem? Como você se chama? Você está linda!". Não, não podia ser, era brincadeira? Eu, toda fantasiada, daquele jeito? Então falei: "- Você está brincando, não é? Eu sou uma das únicas fantasiada nesta festa e estou linda?". Ele disse: "- Sim! Maravilhosa!". Respondi: "Que bom! Meu nome é Rachel!". E conversamos a noite inteira, e foi uma noite maravilhosa, inesquecível! Tenho guardada essa noite numa das gavetinhas da minha memória, aquela que diz: "coisas muito boas da minha vida", uma delas foi essa noite...
A história não terminou por aí... Meu "Pierrot", um veterano, charmoso, lindo e sedutor, resolver me levar para casa, na verdade eu iria dormir na casa da minha amiga, pois a minha casa era longe da discoteca, uns trinta kilometros. A primeira resposta foi: "não", obrigada! Meninas não embora sozinhas com moço no carro... Mas falei com minha amiga e ela disse: "-Vai sim!". Espero-te em casa...
E foi assim que ousei e fui de carona, num scort XR3 conversível, numa noite possível da capota ser removida e de passearmos por toda Avenida Paulista em São Paulo, olhando a lua e as estrelas, conversando e  sonhando... Foi um conto de fadas!

Rachel

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Confissões de Rachel







Confissões de Rachel


Doutora,

A vida nunca me deu nada,
Que não fosse roubar depois,
Vim ao mundo pelada e chorando,
Sem saber se teria os braços dos dois...

Poderia ser amada ou desprezada,
O que sabia eu?
Se eu seria envolta em um cobertor,
Ou jogada num quanto ao céu?

De destino dúbio,
Tive casa, berço e coberto,
Fui feliz nesta casa,
Era meu mundo que um dia se retirou...

E nessa época da infância,
A vida me deu a bronquite,
Que fazia dos meus dias,
Ás vezes com ar, às vezes sem ar, uma esquisitice..

Da infância colorida,
Onde quase sempre tudo era alegria
De lá pouca coisa restou,
Era a vida que pouco a pouco repartia,

Levei comigo cicatrizes no joelho,
Saudades de um passarinho roubado,
Do meu gato desaparecido, da minha gata atropelada,
Das minhas amigas que tive que deixar meio abandonadas...

A vida muda rápido!
Dá e nós tira,
Tira e nós dá, brinca de io-io,
E se transforma numa sátira...

Um palco de maluquices,
É isso que a vida é
Uma peça de teatro,
Oscilando no vai e vem do "é"....

E no meio do caminho,
Dá-nos um amor verdadeiro,
De cheiro, riso e alegria,
Para depois nos tirar por inteiro...

Da juventude,
Dos lindos e fartos cabelos castanhos,
Põe nos depois brancos e cinzas,
Poucos e frágeis,

Com os anos a vida nos dá sabedoria,
Mas não se anime minha filha,
Logo, logo vem a morte...
E nós atira para uma ilha...





domingo, 22 de setembro de 2013

Meu Amor!

Encontrei este bilhetinho nas minhas coisas:


Meu amor!


Ah, meu amor! Porque tudo isso?
Lembre-se apenas que te amo,
Eu sou criança sim mas, te amo...
Volta para mim...


LRG
Salvador/Bahia/Ano de 2010.










quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Saturnino e o sonho!





Saturnino e o sonho!



"- A coisa que eu acho mais bonito nesta vida é saber escrever!". Saturnino 88 anos.
Está foi a frase que o meu paciente falou enquanto eu escrevia a receita dele. Ele estava bem, não tinha nenhuma doença grave, sua consulta era trivial, coisas da idade, não tinha demência, praticamente um moço velhinho. Então perguntei: "- Ah é, seu Saturnino! Acha bonito eu escrever?".  Ele respondeu: "- Sim doutora, sua mão deslizando e as letras saindo e a palavra formando, as frases..."
Deduzi que o senhor Saturnino não sabia escrever, e então perguntei: "- O senhor não sabe escrever?". E ele respondeu: "- Não doutora, não... E esse era meu sonho nesta vida, saber escrever... Não pude estudar, tinha que trabalhar..."
Algo automático para mim, era o sonho do seu Saturnino, saber escrever... Um sonho simples de se resolver? Depende do ponto de vista, para mim simples, para seu Saturnino já foi um sonho porque  nem mais é por achar impossível... Perguntei para ele porque esse sonho não poderia ainda se tornar realidade? Ele não soube dizer... Abaixou a cabeça e uma lágrima escorreu pelo seu rosto... Sonhos, sonhos, realizações... É, a vida não é igual para todos...  





ROBERTO CARLOS-LUZ DIVINA

domingo, 8 de setembro de 2013






Eu pedi...



Eu pedi para te ver...
Sonhei com você!
Você estava lá ou apenas fantasia do meu sonho?

Queria tanto que fosse verdade!
Quando acordei e abri os olhos,
Vi que era um sonho...

Foi então que a saudade apertou mais, e mais, e mais...
Era um sonho...
Um sonho...

Tento lembrar o sonho com exatidão,
Não consigo...
Por mais que tento nada...

Só consigo ver o seu sorriso,
Pés descalços, sujos e machucados,
Porque? Por onde você tem andado?

Abraço-te,
Sorrimos,
Eu abaixo para curar seus pés, acordo...

Fim...




sábado, 7 de setembro de 2013

Um dia!








Um dia!


Um dia você se desilude com as pessoas e com o mundo,
Um dia você acorda se sentindo um idiota por ser honesta,
Um dia você se decepciona, com uma pessoa, com duas pessoas, com três pessoas.

É numa determinada hora que você percebe que só você fala a verdade,
E os outros estão mentindo para se dar bem,
Numa desses horas você percebe o quão criança boazinha e idiota você foi!

Você  acredita e se desilude,
Você pensa que estão dizendo a verdade para você,
Mas é papo de raposa malandra querendo embutir uma galinha bobinha...


Aí você se  decepciona,
Vem a tristeza,
Tristeza de pensar que você é um dos únicos no mundo...

Então, você acorda de manhã, olha-se para o espelho...
E você vê que nasceu um nariz de palhaço bem vermelho no lugar do seu!
Veja os olhos, deve ser sonhando, abre os olhos e vê duas orelhas de burro do lugar das suas...

Você está se transformando!
Cuidado! A meia noite já é um bicho estranho perdido na selva,
Passa mal na sua pele, e nasceu lã de ovelha.

E esse é o animal que você se transforma quando se é sincero, honesto e amoroso:
Um homem pele de ovelha, com nariz vermelho de palhaço, orelha de burro...
Aí que triste...

LRG


  

terça-feira, 3 de setembro de 2013

O Comboio Parte I






Comboio/Trem
Parte I


Estou no comboio,
E a vida passa,
O tempo passa,
A paisagem passa pelos meus olhos...

Aqui onde estou é Outono!
Neste cantinho do mundo,
Onde meu coração me levou,
Onde o mar é mais profundo...

Olho pela janela,
As árvores de folhas amarelas,
O céu um pouco nublado,
E o sol que quer se esconder...

As ovelhas pastam,
Vejo um canteiro de flores brancas e rosas,
Uma casa amarela,
Um carro verde na estrada... Cores... flores... vida...

As videiras com suas folhas roxas, verdes e amarelas,
As gaivotas pelo céu,
A casa velha destruída, vazia... Sem ninguém... Abandonada....
Agora vejo a cidade com suas casas novas e prédios...

E estas palavras e sentimentos são meus!
Não seriam os mesmo de outro passageiro desse comboio,
Acento de número 95, carruagem de número 21
Do comboio que leva o meu coração...

A saudade bate no meu peito,
Lembro-me de alguém que me faz sorrir mesmo distante,
Presente agora no meu coração,
Vivo no meu pensamento, alegre e brincalhão!

Olho-me no reflexo do vidro da janela,
Cabelos castanhos, olhos e cachecol azul,
Estou séria,
Enjoada com o balançar do comboio...

E o comboio passa por um túnel,
Fica tudo escuro,
Só vejo o comboio por dentro, não há paisagens...
Só o comboio e seus acentos e cortinas verdes escuras,

Volto a ver a paisagem, que combina com o verde de dentro do comboio,
São árvores de folhas verdes, outras marrons queimadas pelo fogo,
Aparecem os pinheiros pelo caminho,
E lembro do Natal que se aproxima,

Nas casas as chaminés chamuscadas,
Algumas chaminés soltando fumaça,
Sinal de fogo acesso, frio e quente...
E o comboio vai passando, correndo...





sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O bicho estranho!






O bicho estranho....


Estranho muito, muito estranho, um bicho horrível apareceu no meu sonho. Eu estava no hospital arrumando dedicadamente os armários. Dedicada com sempre fui, dado um jeito na bagunça de muitos anos... Exames perdidos, prontuários e até presentes nas gavetas para o chefe, esquecido por anos... Então, foi quando abri um dos pacotes esquecidos na gaveta do armário, e um bicho feito uma lagartixa saiu do pacote, em segundos a lagartixa foi crescendo e ficando multicor, com escamas no dorso, parecia um dinossauro pequeno, era uma mistura de lagartixa com dinossauro multicor, com dentes afiados... Eu tentava pegar aquele bicho estranho, capturá-lo para não fazer mal a alguém... Foi então quando o tal bicho estranho fincou os dentes no meu pulso esquerdo... Não havia quem arrancasse aquele bicho multicor agarrado a mim... Após várias pessoas puxarem, e puxarem tal bicho, um mini dinossauro-lagartixa-multicor do meu braço esquerdo ele se desprendeu... Porém, não sabia se continuaria viva ou não, se havia veneno ou não naquela mordida... Acordei do sonho...     

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Bad Dreams/ Sonhos Ruins!









Sonhos Ruins!



Numa noite dessas, dois sonhos ruins seguidos na mesma noite. Foi dose para leão! Pois é, tem acontecido comigo. O primeiro, eu estava atendendo uma paciente, uma senhora de mais ou menos 60 anos, ela queria uma receita controlada, a famosa receita azul. Até aí, tudo bem, mas ela disse três medicamentos diferentes; e eu preenchi e rasguei três vezes as receitas. Não que a paciente tivesse doença de Alzheimer ou coisa assim, era falta de organização, de saber direitinho o nome dos medicamentos que toma, escrevê-lo numa papelzinho. Mas não, eles acham que temos que adivinhar o nome do medicamento, " doutora, é um comprimido azulzinho pequeno",  "Um branquinho meio grandinho", "um amarelinho pequenininho"´. Apesar de ser quase impossível reconhecer o nome do medicamento, eu tento, eu tento... Vou lá na farmácia do posto de saúde, olho os comprimidos, vejo a cor, cápsulas bege com verde tal..., branco e azul tal..., só branco, só laranja, amarelo pequenininho... etc. 
Voltando ao sonho, como todo sonho é maluco, saí da cena da mulher de três receitas rasgadas, e me vi no prédio ambulatório de neurologia da FMUSP (PAMB), sexto andar; cena terrível, mas foi o que sonhei, vou descrevê-la:
"Eu, na janela do prédio dos ambulatórios jogando todos os prontuários na rua, e voavam prontuários rumo a rua, milhares de folhas e no céu caindo bem em frente ao PAMB, e os carros passando e passando por cima das folhas de evolução, prontuários!". Acordei! Acordei! Os prontuários estão lá quietinhos e logo. logo, só haverá computadores, com prontuário eletrônico. Não tenho nenhuma intenção de voltar ao PAMB, nem de rever aqueles prontuários e não faria uma loucura dessas... Médico sofre! Mas amo meus pacientes! Odeio o sistema imposto que nos fazem de escravos, mas os pacientes carrego todos no meu coração e rezo por eles pedindo que Deus os dê saúde! 


O segundo sonho vem depois...  

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Síria e o gás sarin!





Síria e o gás sarin!


Não, não posso ficar quieta diante dessa barbaridade que ocorreu na Síria. Na verdade, quando vi a fotografia da reportagem na revista Veja fiquei em choque! Todos aqueles meninos mortos um ao lado do outro, meninos aproximadamente da idade do meu filho seis aninhos. Não consigo tirar aquela fotografia horrenda da minha mente, na verdade estou olhando para ela, vem lágrimas nos meus olhos, parecem um monte de anjos mortos, parecem que estão dormindo, mas não respiram mais... O que é isso? Fico triste, muito triste de viver num mundo assim, não, isso não é justo!  
Li a reportagem. Não entendi nada! Que fez isso? São seres humanos iguais a mim? Não creio! Eu sou médica, e luto pela vida das pessoas... E minha luta é diária, com amor, com compaixão, com dedicação. E então, deparo-me com uma história dessas! Só posso dizer que quem fez isso não tem amor no coração... Psicóticos? Malucos? De onde vieram esses seres? E o pior, como ficarmos em silêncio? Não, não fico! Estou super revoltada com essa pessoas, século XXI e tem gente agindo dessa maneira... Que paranoia é essa? Ah, façam-me um favor! Estou revoltada e vou gritar, gritar para todo mundo ouvir: "Não há justificativa para isso! Não há! Isso é incompatível com nosso planeta. Será que dá para mudar o foco e ver as coisas por outro ângulo. A vida não se resume num pedaço de terra! Deus é um só! Não existe um deus muçulmano, um deus católico, um deus evangélico, um deus budista, um deus hinduísta etc., etc, etc. Existe apenas um Deus, o que criou o Universo! Um Deus de amor, amor, amor... A terra sagrada está dentro do coração de cada um de nós, onde germina o amor incondicional, a compaixão, a caridade, a bondade, a alegria. Agora por favor, gente se matando por um pedaço de terra? Gente se matando por poder e religião? Isso só me leva a pensar que estas pessoas são doentes mentais ou que realmente o demônio existe...





terça-feira, 13 de agosto de 2013

O presente que não tem preço!






O presente que não tem preço!



Voltei de férias! Ontem foi o primeiro dia que atendi na Prefeitura Municipal de Santo André. Havia muitos pacientes esperando. A primeira ficha tinha um papelzinho de cartolina cor-de-rosa escrito "cadeirante". Eu chamei o paciente: "- José de Alencar!". Então o senhor José entrou na cadeira de rodas sendo empurrada por outro senhor. 
Seu José, por volta de oitenta anos, doença de Parkinson. Peguntei como ele está: "- Estou bem sim doutora. Na medida do possível bem!". Conversamos, fiz as receitas, dei orientações e por fim ele tinha um presente para me entregar. Disse que eu sempre o atendo bem. Queria agradecer. pensei comigo mesmo, "Que bom que o atendo bem! Às vezes eu estou tão nervosa, estressada, na correria do dia a dia...". Ele disse:  "- É uma garrafinha de mel puríssimo lá do Piauí, e dois paninhos de prato que pedi para a minha sobrinha fazer para a doutora". Perguntei: "- O senhor foi até o Piauí?". Ele respondeu: "- Não doutora, não, eu pedi e trouxeram para mim". Disse obrigado e acabo de abrir os presentes com calma, emociono-me, dentro uma cartinha escrita pelo senhor José. Dois panos de prato bordados com meu nome e lindos dizeres. Agora transcrevo a carta e colocarei fotos dos panos, garrafinha de mel e a cartinha. Isso tudo vale mais que um diamante para mim, faz a vida valer à pena de ser vivida. Fiquei emocionada, as lágrimas vieram aos olhos...
Transcrevo a Carta: 


Parque Novo Oratório, 12 de agosto de 2013.


Dra. Lilian, felicidades,

Eu sempre sou bem atendido por minha Médica por esta razão mandei a minha sobrinha fazer estes panos de pratos é simples "...." de bom coração.
Esta garrafinha com 400ml de mel de abelha é para a minha Médica, este mel vem do Piauí.
Fico aqui desejando tudo de bom que Deus abençoe a minha Médica e família, são os desejos deste velho seu cliente.

Assina. José de Oliveira Morais.
                   O cadeirante.


Desculpa o papel.




Bilhetinho que veio na garrafinha do mel:

400ml de Mel de abelha genuinamente puro este mel vem do Piauí.
É para minha Médica.
                   Dra. Lilian.





sábado, 10 de agosto de 2013

Sonho: Realidade ou Imaginação?





Sonho: Realidade ou Imaginação?



Sempre me pergunto isso: "O que são o sonhos?, Porque sonhamos?, Para onde vamos enquanto estamos dormindo? Os sonhos são reais? Os sonhos são apenas imaginação?". Sempre perguntava isso para o Flavio, meu amigo especialista em sono, ele dia: são reflexos do que vivemos naquele dia. Mas essa resposta nunca me satisfez... Pode se interpretar um sonho? O escritor Paulo Coelho já fez um diário do seus sonhos. Tinha sempre um caderno e uma caneta no criado-mudo, sempre anotava seu sonho para não esquecê-lo. Já tentei fazer isso, mas com essa vida tão corrida não consegui, anotei alguns sonhos. Agora estou intrigada com esse meu último sonho, o segundo, depois que voltei de viagem. Vou contá-lo:
Como todo sonho é maluco, eis que não existe tempo, início, meio e fim, e tudo se mistura. Esse sonho parecia com o livro "Alice no País das Maravilhas". Estava lá eu, numa casa, qual casa? Não sei, nem moro em casa, moro em apartamento, mas já morei em casa térrea... Uma pessoa que vou ter que confessar, não sou perfeita, não consigo perdoá-lo! Eu até digo para mim mesma: "Eu perdoo, perdoo sim! Mas meu coração continua lá, machucado, não perdoa não! E se encontrasse essa pessoa na rua, acho que xingaria, viraria a cara, e se fosse uma pessoa mais desaforada lascava-lhe um tapa na cara, ou pegava-o pelo pescoço! Acho mesmo que o perdão é o melhor caminho, porque faz bem para ambas as partes. Voltando para o sonho, ele entrou na casa, não tocou campainha, não pediu licença, simplesmente entrou! Uma pessoa com quem não me comunico há oito por forma nenhuma, nem e-mail, nem facebook, nada! 
Ele entrou carregando um monte de pães e bolos para dentro de casa para mim como forma de se redimir! Eu só olhava ele entrando com os quitutes!  Então falei para meu pai que estava na casa: "- Pai, o que este homem está fazendo aqui em casa?". Ele abanou a cabeça dizendo que não sabia... Então, virei-me para ele e disse: "- Ei! O que é isso? Porque você entrou na minha casa? E quem diz que eu quero pão?". E então, dei-me conta que a casa não era nem no Brasil, era em Portugal. Virei-me para o meu pai e disse: "- Pai, como ele descobriu o endereço da casa? Estamos tão longe! Como isso é possível? Ele não dizia nada, mas seu pensamento dizia que sentia muito e não queria que continuasse esse ressentimento sem fim, ele se sentia culpado... Então eu disse: "- Está bem, deixe os pães aí e vai embora por favor, quem sabe um dia a gente conversa...". Ele foi, e depois de alguns minutos voltou, tinha esquecido a chave do carro! Pensei comigo: "Ainda essa!". Entreguei-lhe a chave e ele foi embora. Acordei!
Achei tudo muito estranho, primeiro porque nem penso nesta pessoa, não falo por e-mail, nem facebook, nunca mais sequer o vi! Ele invadiu o meu sonho! Não tinha que sonhar com ele, nem pensei nele nesses dias! Se o que sonhamos o que vivenciamos durante o dia, o que estava ele fazendo lá no meu sonho, dentro do meu sono? Será que tudo isso é a nossa imaginação trabalhando, criando um mundo a parte, virtual? Teria ele realmente, saído do seu corpo enquanto dormia e ter entrado no meu sono? Estaria ele acordado pensando o quando se sentia culpado e teria minha mente capitado seus pensamentos em um outro nível? Realidade ou imaginação? Não sei... Ainda não sabemos... Saberemos um dia?