domingo, 28 de dezembro de 2014

Seu aniversário...

DJ



Seu Aniversário


É seu aniversário,
Eu queria fazer uma poesia linda para você,
Mas não consigo,
Poderia ser triste, mas linda, mas seria finda...
Mas meus sentimentos não são findos...

E nessa tristeza interminável de não poder te ver,
Não poder falar com você,
Mora uma saudade triste,
Jamais alegre por mais que eu insista...

Poderia olhar as estrelas como às vezes olhos te procurando,
Olho as nuvens do céu para ver se te vejo brincando,
Vejo um passarinho na minha janela achando que é você,
Mas não é, é mesmo que fosse jamais saberia se não é imaginação minha...
E tudo fica triste, e é seu aniversário...

Mas não poderia deixar de dizer "feliz aniversário",
Porque sei que gostavas que eu lembrasse,
Gostavas desse dia, gostavas de uma palavra...
E então eu digo, pode ser que estejas feliz e que eu não veja,
Podes estar ao meu lado e eu não perceba,
Pode ser tudo e pode ser nada...
Talvez nem exista mais de fato...
Talvez viva apenas na minha memória,
E não verei mais um sorriso seu,
E não poderei mais escutar sua voz...
Só posso dizer "feliz aniversário" ao vento,
No meu pensamento,
Aqui na internet,
Via wi-fi,
Parabéns onde estiveres e se ainda existires,
Sinto sua falta sempre...

LRG
28/12/2014




segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Mariah Carey - All I Want For Christmas Is You

Silêncio





Silêncio


O silêncio paira no ar, como há muito não fazia. Não há ninguém, não se ouve não, e para não mentir há o barulho bem-vindo da chuva lá fora.
O celular não toca, não faz "pim", "pim" de segundo em segundo dizendo que há mensagem... Mas o silêncio durou um minuto, talvez nem isso, segundos, acho que sim, segundos...

Adeus, volto para meu mundo barulhento...

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A Força!





A Força!

Inspirado no relato de uma paciente.


Onde está a força,
Que eu antes tinha?
Eu não sabia de onde vinha...
Mas por fim já se foi...


Onde anda a força,
Que me fazia cantar,
Que me fazia sonhar,
E sempre me fazia companhia...

Saiu ela devagarzinho,
Num dia de madrugada,
Não me disse nada,
E pôs-se a andar sem voltar...

E nesses dias de chuva,
Olho para a janela embaçada,
Penso que a vida é quase nada,
Falta-me a força que aqui vivia...

Por mais que levanto e me encanto,
Minhas alegrias são minutos,
Tão ligeiros e astutos,
Logo findam-se sem voltar...

E o tempo é tudo e nada,
Sem a força que havia,
Nessa minha vida que existia,
E agora põe-se a soluçar...

Eu quero que a força volte,
Ao menos para eu cantar,
E que faça o sol brilhar,
Para juntos podermos dançar,

E caminhar,
Caminhar,
Lutar,
Viver até se desfazer velhinha,

Velhinha,
Num sopro de ninar,
E para casa cantar e dançar,
E nas minhas cantigas de criança me embalar...
Viajar, viajar...

FIM.


By, LRG
 



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Meu Moreno!





Meu Moreno!


Moreno lindo!
Moreno branco!
Tu és encantando na minha vida....
Tu és pranto na despedida...

Querido lindo,
Azul tua luz!
E mar conduz,
E contudo seduz...

Fala-me uma palavra,
Diz-me com seus olhos,
Mar azul,
Vai ter nos meus sonhos...


És tu,
Querido amor,
Que tudo faz flor,
Na minha vida teu sabor...

És tu,
Doce, chocolate doce,
És um brigadeiro?
És o que fosse...

E sem tu,
Nada sou,
Barco perdido,
No mar eu vou...

Teu brilho,
Maravilha,
Mais que um diamante,
Num som de uma linda ilha...

Eis que te quero,
Como sempre te quis...
E sempre nos quisemos,
Como o cheiro do anis...

Eu te amo agora,
Eu te amo sempre,
Eu te amo enquanto viver,
E depois de morrer,
Chocolate-anis,
Je t'aime,
Forever,
Eu te amo...


19/11/2014

Mariza - Barco Negro - Live in Lisboa

Mar





Mar


É você tu mar,
Que tudo me diz,
Que acalenta minh'alma
Que embala meu sonho feliz...


Não consigo ver que tens um fim,
Mas sei que em alguma parte você acaba,
És esse sonho finito vestido de infinito,
És essa obra acaba e amada, que soa inacabada...


Mar! Que tens os meus segredos,
Que se revolta e acalma,
Leva e trás meus pensamentos,
E que nunca faz esquecer a quem se ama....


E é assim que é você,
Imenso, grande onda,
Às vezes, onda pequena e leve,
Um grande sonho que sonha...


E vou contigo nesse embalo,
Junto ao sol, e junto a lua,
Neste vasto azul que acalma,
E faz lembrar aquela rua...








LRG
19/11/2014




quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Poema lindo!





Achei lindo esse poema! ;-)

Se ao menos soubesses tudo o que eu não disse
ou se ao menos me desses as mãos como quem beija
e não partisses, assim, empurrando o vento
com o coração aflito, sufocado de segredos;
se ao menos percebesses que eram nossos
todos os bancos de todos os jardins;
se ao menos guardasses nos teus gestos essa bandeira de lirismo
que ambos empunhamos na cidade clandestina
Quando as manhas cheiravam a óleo e a flores
e o inverno espreitava ainda nas esquinas como uma criança tremendo;
se ao menos tivesses levado as minhas mãos para tocar os teus dedos
para guardar o teu corpo;
se ao menos tivesses quebrado o riso frio dos espelhos
onde o teu rosto se esconde no meu rosto
e a minha boca lembra a tua despedida,
talvez que, hoje, meu amor, eu pudesse esquecer
essa cor perdida nos teus olhos.

Joaquim Pessoa

domingo, 2 de novembro de 2014

Finados.






Finados


Queria ver seu sorriso mais gostoso,
Aquela gargalhada descompromissada,
Aquele brilho no seu olhar,
Sua miopia sem óculos, sem lente, fechando os olhos para enxergar ao longe...
Seu cabelo todo desarrumado, quase sem fios brancos, finos...
Sua mania de fazer coisas estranhas,
Suas brincadeiras improvisadas,
Seu jeito calado de ser, entremeado com seu melhor sorriso e gargalhada,
Mas você se foi,
Imóvel,
Branco,
Olhos fechados,
Sem sorriso,
Sem gargalhada,
Deitado naquele retângulo de madeira...
E quando te fecharam ali,
E começaram a te levar da minha vista,
E depois te colocarem num buraco abaixo da terra,
E cada pá de terra que jogavam em cima de você era um pedaço do meu coração que se partia e ia junto, morrendo aos poucos com aquela cena devastadora...
Todo terminando com mil flores jogadas por cima daquele buraco desumano,
E eu dizia à Deus, que aquelas flores, e aqueles ramos, jamais deveriam ter nascido nesta terra para tão triste fim, tão triste cena da morte...

02/11/2014
Dia dos Finados
LRG

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Nicole






Nicole


A Nicole é uma paciente minha, uma garotinha de cinco anos. Ela não anda, não senta, e tem pouco controle motor com as mãos. O pescoço da Nicole não se mantém firme, às vezes pende para trás ou para frente. O incrível é que apesar de todas essas dificuldades, a Nicole é uma graça! Ela é super esperta e tagarela, fala bastante... Não dá para acreditar que naquele corpinho, como de uma boneca, fala e pensa rapidamente. Há uma desconexão entre a parte motora e sua inteligência, sua esperteza, sua agilidade mental.
Eu gosto quando a Nicole vem em consulta, ela me traz alegria. Ajudá-la ficar melhor, faz minha vida inteira valer a pena! Em alguns minutos, refaço todos minhas energias, minhas dúvidas, minha insatisfação com a profissão de médica. Quando ela entra no consultório, já chega falando, e então, começo a conversar com ela entusiasmadamente!
Nesta última consulta, a Nicole chegou falando: "- A Nicole está cansada! A Nicole está cansada!". E eu falei: "- Calma Nicole, você já vai para casa!".
A mãe da Nicole trás ela nos braço como um tesouro! Ela é uma alegria! Seus cabelos todos em cacheados, e seus dentinhos brancos, numa pele amarronzada, é linda!
Mas não teve jeito, tive que dar umas injeçõezinhas nas pernas da Nicole. Ela não chorou, aguentou firme e depois foi embora descansar na casa dela...
"Tchau Nicole, até daqui quatro meses!".  


 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Um dia lindo!





Um dia lindo!


Era um dia lindo! Depois de tanto tempo separados estávamos juntos novamente! Eram só brincadeiras e o mundo não parecia existir, apenas nos dois, no nosso mundo particular... Sim, haviam pessoas ao redor, mas elas não faziam parte da cena, estavam desfocada, porque naquele dia para nós só existia você e eu.  Era visível a alegria que não se quer mostrar para ninguém, porque não há ninguém além de nós dois que possa viver essa alegria... E mesmo que hajam telespectadores para nós pouco importa, não estávamos para fazer teatro...
O tempo é curto! O relógio sinaliza, tic-tac, tic-tac, tic-tac... Os momentos bons são como bolas de sabão como diria o escritor Rubem Alves, lindas, multicores, porém efêmeras...
Não, não tínhamos a consciência de estar dentro da bola de sabão, e se tivéssemos? O que faríamos?
Mas agora estamos, e nem assim nos damos conta...
E entre uma brincadeira e outra, damos risadas, muitas risadas... E corremos de um lugar para o outro, fazemos graça um para o outro certos que riremos um do outro, a jogada é certeira, o riso é certo!
Como é bom saber que nossa "graça" vai fazer o outro rir, vai fazer o outro ficar leve... E o nosso dia continua, vamos embora num carro rindo, rindo, felizes... O engraçada é que não é você quem dirige, nem eu... Eu vou no banco de trás do carro, e você na frente, Eu vou como uma criança entre o "vão" dos dois bancos da frente, cabeça para frente olhando para você e brincando, fazendo cócegas e dizendo: "- Conta vai!" Conta". Você olha para mim e dá uma risada! Puft, puft, puft, eu acordo do nada... Era um sonho, um sonho... Um sonho com você! E te digo de novo: "- Conta vai...".

The End    





quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Prof. Dr. Anuar Mitre

Prof. Dr. Anuar Mitre

Concordo plenamente!


http://www.jornalggn.com.br/blog/cesarcamara/o-professor-anuar-mitre-merece-respeito#.VBl_ACLmmJx.facebook

domingo, 14 de setembro de 2014

O médico!







O médico!


E é assim,
Vida de médico,
Um amor sem fim,
Entre estudos e trabalho...


E na alegria,
E na doença,
O médico segue em frente,
Talvez só veja pacientes...


O médico,
Tão pouco olha para si,
E vive uma vida,
Entre vindas e despedidas!


Médico,
Dever de ser ético,
Humano,
Sobre-humano, um amor a vida...


O médico tem que ser forte,
Barco na tempestade,
Remando contra a maré,
Até que força nos dê pé...


E digo que a medicina é meu forte,
A medicina é meu norte,
Sem ela não sou nada,
Ela é a minha estrada!


Vivo para ser médica,
Sofro por ser médica,
Respiro a medicina,
Entre alegria e tristeza, vivo minha sina...


E nesse vai e vem,
Entre saúde e doença,
Um malabarista,
Um médico, um artista!

LRG






domingo, 7 de setembro de 2014

Setembro!







Setembro!


Acordei ouvindo o barulho dos passarinhos na minha janela. Ao mesmo tempo que fiquei feliz ao ouvi-los,  fiquei triste por ter acordado, poderia continuar no meu sono profundo e esquecer toda essa vida, mas acordei!
E por mais que o café esteja ruim e frio hoje, o pão duro e a geleia de morango diet um nojo, estou aqui, no dia sete de Setembro do ano de dois mil e quatorze. Daqui cem anos acredito que tudo estará mudado e tudo o que se passa hoje será obsoleto e nós não teremos significado algum ou talvez tenha, não sei.
Um dos meus escritos favoritos, Rubem Alves, não pode ouvir os passarinhos cantando e nem ver os ipês amarelos, pois faleceu há uns dois meses. E ele não é meu parente, nem sangue do meu sangue, mas sinto a falta dele, parece que não haverá mais ninguém no mundo que veja os ipês amarelos como ele via e consiga transmitir essa beleza. Sem ele, falta um pedaço de mim, ele faz falta sem saber sequer que eu existia. Ele não queria morrer porque queria continuar vendo seus jardins, e passarinhos e suas flores, mas se foi, e tudo me parece sem sentido, porque não sei para onde foi e isso me deixa injuriada...
E pensar que já é Setembro e que já há enfeites de Natal nas lojas, penso que mais um ano se passou. Daqui a pouco é Natal e todos estarão fazendo as mesmas coisas, e esperando que o ano de dois mil e quinze seja melhor, e assim por diante...
Acho que Setembro é um bom mês para "mudar", não vou esperar o ano de dois mil e quinze, vou fazê-la agora essa mudança, vou começando a raspar as tintas que me pintaram os sentidos, chega de confusão nessa vida turbulenta. Quero sair desse avião, do meio dessa turbulência toda. Eu já nem sei o que fizeram da minha vida, ou se fui eu mesma que a fiz assim... Seja lá como for, que saiam essas tábuas velhas e empoeiradas das minhas costas, que solte essas amarras, essa tinta velha. Quero respirar ar puro!  
  



domingo, 24 de agosto de 2014

Flores!





Flores


Não,
Não quero, nenhuma flor, arrancada da terra,
Não quero,
Não quero natureza morta...

Deixa, deixa todas, as flores...
Deixa, deixa elas viverem...
Deixa,
Deixa a vida viver...

Amor,
Se eu soubesse,
Que te arrancariam a vida,
Eu impediria...

Não, não, não...
Não flores em cima de você...
Chega!
Você não vai conseguir respirar....

E deixe os homens,
Os homens que se matem,
Eu não me importo,
Eu me importo com você...

Flores,
Flores,
Natureza morta,
Adeus flores, flores...

Não me castiguem,
Com este cheiro de flores...
Flores que aqui estão,
Mas já eram...

Ai que saudades,
Das flores, dos canteiros das calçadas,
Molhadas,
Sem nada dizer...

Porque tudo, era tudo,
Porque tudo era nada,
E nós dois na estrada,
Sonhando na madrugada...

Saudades, saudades,
Do teu sorriso,
Paraíso acabado,
Um jardim destruído...

Flores!
Flores!
Despedida...
Partida...
Adeus...




segunda-feira, 28 de julho de 2014

A vida e a morte!





A vida e a morte!


A vida e a morte,
Ai que sorte...
Neste mundo estar...
Sem saber meu norte...


Entre "fatos" e "fatos",
Eis os atos!
Dessa alma,
Que vive nos autos...

Quanta alegria!
Quanta tristeza!
Neste mundo inteiro...
Cheio de beleza!

E tudo é estranho...
E tudo tem um tamanho...
Entre a alma e o corpo,
E sentir-se estranho...

Mas a Terra gira,
Gira no Universo,
E tudo parece,
Conter-se num verso...

E aqui se vai,
Entre o real,
E o irreal,
Neste mundo desleal...

Entre a riqueza e a pobreza,
Entre mesa farte,
E a fome que mata,
E uma pequena certeza...

Quantas estrelas há no céu?
E tu onde estás?
Nesta vasto Universo,
Onde não se volta para trás...

LRG
27/07/2014
Algarve
Praia do Alvor
Portimão
Algarve.
Fim.





quarta-feira, 23 de julho de 2014

Os olhos falam!






Os olhos falam!


Às vezes, as palavras não são necessárias, ao contrário disso, são totalmente desnecessárias quando nada se pode dizer, e apenas "um olhar" diz tudo, por todos os anos, por todo sentimento escondido, calado, aprisionado por não poder ser...
Então, o olhar na chegada diz tudo: "- Quanto tempo! Estamos velhos! Estamos longe! Nunca poderemos ser dois, não há hipótese...!". Uma lágrima, escorre no canto dos olhos, é escondida, mas para quem ama, é perceptível como uma onda batendo numa rocha com toda força e se esvaindo novamente pelo mar, escondendo-se, deixando-se de ser emoção forte, deixando-se que o mar todo a leve e a adormeça para que não seja mais "onda", para que se esconda o amor... Apenas sonhos não vividos, apenas imaginação, apenas um sentimento guardado as sete chaves numa caixinha que nunca ninguém encontrará, mas que um olhar já mais é capaz de apagar...
E tudo se passa pelas trivialidades deste mundo, deste século XXI,  que história será essa contada daqui mil anos? Não sei, não sei, não sei...
É hora de partir, está tudo cumprido, tudo perfeito, "adeus" e de novo o olhar, olhar de despedida, o olhar que chora... A lágrima disfarçada escorre da face dele, Raquel sorri, mas seu coração já entendeu e chora... Não há tempo para tristezas, pelo menos para Raquel, mas para ele, ela nunca saberá o que aconteceu...
Então, passam-se três dias, e depois de toda atribulação, num momento de silêncio, Raquel se recorda daquele momento de chegada e de partida e daquela lágrima, e ela chora, chora... Um grande amor para recordar...



quinta-feira, 3 de julho de 2014

O menino no carro!







O menino no carro!


Lá ia menino no banco de trás do carro. Eu podia vê-lo através do vidro do meu carro que estava atrás do dele. Ele ia feliz olhando para trás. Aquela cena remeteu-me a minha infância, não havia coisa mais gostosa nesse mundo do que ir no banco de atrás do carro olhando para o carro de trás. Era uma alegria, não haviam cadeirinhas, nem cintos de segurança e ficávamos soltos no banco. O carro que vinha atrás podia ter um motorista alegre, ou um carrancudo, ou alguém sem expressão. Às vezes, arriscávamos fazer um "tchau" para tal motorista, e a resposta, na maioria das vezes era um "tchau" também! Então ficávamos super felizes, às vezes com vergonha abaixávamos no banco de trás do carro. Depois, voltávamos a reaparecer e fazíamos de novo tchau, mostrávamos nossa boneca ou nosso bicho de pelúcia, e pronto, a amizade estava instalada, e acompanhávamos o carro até ele mudar de rota e aí, íamos seguindo e fazendo tchau até o perdermos de vista. Essa era nossa brincadeira, mas acredito não ser a brincadeira de milhares de crianças do mundo. 
Esse menininho que apareceu virado para trás na frente do meu carro, não fez tchau, não arriscou, vai ver estava com cara de preocupada indo buscar meu filho na escola, preocupada com o horário, sempre correndo contra o tempo como se faz no mundo atual... Nem temos mais momentos de descontração, parece ser sempre tudo tenso, corrido... O menininho de cor negra com seus cabelos encaracolados, olhos castanhos, ia livre no fusca vermelho velho do seu pai talvez... Não estava preso na cadeirinha com cinto de segurança, quem sabe não tem dinheiro para comprar as "super", "ultra" modernas cadeirinhas  de segurança para carro que são tão caras... 
E assim voltei ao passado, fiquei parada no tempo, relembrando os tempos felizes, quando era tão simples ser feliz... As crianças são mais felizes?  Acho que sim para a maioria... Melhor fase da vida, a infância... 





domingo, 22 de junho de 2014

Aniversário




Aniversário


E quando você acorda no dia do seu aniversário triste e desanimada o que fazer? O que fazer se não está afins de bolo, nem velinhas, nem salgadinhos e nem brigadeiros? Também ainda é cedo, são oito horas da manhã, talvez toda essa história possa mudar e eu ainda queira encher algumas bexigas. Triste "tristeza" bater na porta hoje às sete da manhã sem ser convidada bem no dia do meu aniversário, também pouco me importa... Os meus inimigos devem estar se deliciando com mel nos lábios com a notícia...
Quando eu era pequena, por volta de uns cinco anos de idade, achava o mundo belo. Apesar da minha bronquite que me atormentava, e provavelmente hoje, no dia do meu aniversário ela estaria "atacada", não acreditava que pudesse ter inimigos. Os anos passaram e eles apareceram, e deve ser normal da humanidade, ter ser inimigos... Lamentável, horrível, pessoas que querem seu mal... E o mundo adulto é isso, uma decepção, por mais que se faça aniversário, e festa de aniversário, está tudo lá, cheio de reviravoltas, lembranças que deveriam ser apagadas e não saem da nossa cabeça, fases da vida da gente que achávamos que estávamos na direção certa e estávamos mesmo na direção errada, num barco furado, e nada de discernimento, e com os aniversário vem a velhice, tempo da sabedoria ou do esquecimento, da doença de Alzheimer, do cansaço...
Eu fico com aquela frase que aparece sempre no facebook: "Feliz a época quando a minha única preocupação eram meus joelhos ralados de tanto brincar...".
E para meus inimigos, um bom dia e "beijinho no ombro só para os invejosos de plantão..."


    

domingo, 15 de junho de 2014

Paz!





Paz!


Palavra tão pequena, três letras apenas, mas tão almejada por tanta gente e por mim também neste momento da minha vida.
Será que é possível ter paz, e se tem que partir para longe, ficar enclausurado em algum lugar longe de tudo, de todas as pessoas, de todos os blá, blá, blá...
A paz querida, cadê você? Onde será que você existe, ou existiu? Talvez no meio do mato, numa casinha distante? Numa praia distante? Num país quieto, sem alvoroço, neutro? Mas, não, não, sinto-me na muvuca da cidade grande, da correria, onde o tempo não passa sem que te digam algum problema... Sem que você se veja livre de confusões e problemas e mais problemas...
Onde existe a tão procurada PAZ? Vou espalhar por todos os postes um cartaz dizendo:: "Procura-se a PAZ!".
Existe sempre um problema, e se não há as pessoas criam... Gostaria de saber em qual época da história de toda a humanidade as pessoas procuraram pela paz... Sinto que estão sempre querendo confusão... Até Deus é motivo de guerra, mortes, separações, é decididamente ridículo!
Você assisti uma copa do mundo, mesmo que pela televisão, e tem que ver o povo mal educado xingando pessoas... Você vai numa comemoração do dia de Portugal em São Paulo, e tem que ouvir gente xingando, atrapalhando pessoas que vieram de tão longe e não tem nada a ver com isso... Será que nossos ouvidos viraram pinico? Eu vou atender os pacientes, faço o possível, e mesmo de dentro do consultório com a porta fechada dá para ouvir os outros reclamando, reclamando... Nunca estão satisfeitos, mas não fazem nada inteligente para mudar a situação...  "Quando a cabeça não pensa o corpo padece..." e acho bem verdade esse ditado... Tem gente que quer é estragar a paz dos outros, porque não sabem fazer mais nada além disso... Mexam-se! Move on!
Criticar é fácil não é! Quero ver fazer algo de bom de verdade!
Por um mundo de PAZ!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Eu me calo





Eu me calo


Eu me calo,
Eu fico calada,
Eu me tranco,
Tranco-me no meu mundo...

E ninguém saberá,
Se sou feliz, se sou sou triste,
Eu apago tudo,
Escrevi com giz...

Escrevi com giz para os olhos do mundo,
Mas eu não sou do mundo,
Eu estou no mundo,
E a minh'alma, segredo profundo...

Não me perguntem nada,
Não digo, não digo,
Calei-me,
Como um mendigo que pouco fala, apenas anda...

E no fundo do meu ser,
Eu sei, eu sei, como falar,
Palavras, palavras, palavras,
Não sabem chorar....

Eu me calo na palavra dita,
Prefiro a palavra escrita,
Sonho? Fantasia?
Eterna poesia...


LRG
10/06/2014





domingo, 1 de junho de 2014

Vida!






Vida!


Adoro quando você me chama assim, de "vida"...
Faz cócegas no meu ouvido,
Acalenta minh'alma,
Faz-me sentir que valeu a pena ter vivido...

E no seu sorriso lindo,
Sinto-me protegida,
E no seu abraço,
Esqueço todo meu cansaço...

Essa palavra tão pequenininha,
"Vida",
Torna-se o mundo,
Faz-me sentir acolhida...

No seu amor eu me deito,
Deito-me em vida,
A luz da lua,
Sua vida na minha vida...

E deitada no meu quarto,
Penso em você falando:
-Vida, minha "vida",
E vou nos meus sonhos caminhando...

Não sei da onde tirou essa palavra,
Tão pequena para me chamar,
Mas que palavra pequena,
Duas sílabas e o mundo para sonhar....

Vi-da,
Ida,
Vinda,
Mordida...

E que nosso encanto,
Seja vida,
Em rima,
Em dó maior, vida...

-Vida?
Sim meu amor!
Estou aqui,
Na sua vida...

LRG




domingo, 25 de maio de 2014

Vontade!






Vontade!


Hoje acordei com vontade,
Vontade de te dar um safanão,
Nessa tua cara rota de mentiras,
Nessa tua boca que é um palavrão...

Há faça-me um favor vontade,
Isso é hora de aparecer?
Logo de manhã cedo...
É que vem isso me apetecer?

Safanão, safanão,
Nessa tua cara de mamão,
De tão falsa que é,
Se desmancharia como bola de sabão...

Vontade que nasce sem a gente querer,
Vem de dentro do coração,
Porque sabe que o safanão,
É contra o abuso da sua má intenção....

Não me venha com milongas,
Não se faça de coitado,
Não culpe os outros,
Por sua conduta esfarrapada...

Sua calça e camisa social,
Cabelo bem cortado,
Barba feita e todo perfumado,
Não diz nada dessa alma malvada...

E como o safanão não posso te dar,
Para ver se você acorda dessa maldade,
Dou-te este poema,
Um banho de verdade...

Vontade vai embora,
Deixa eu tomar meu café sossegada,
Você bem sabe,
Que é a minha hora mais sagrada....

By LRG


sábado, 24 de maio de 2014

Jota Quest - Waiting For You (Party On) - Lyric Video

Não tente!







Não tente!


Não tente descobrir quem sou,
Não irá descobrir...
Tem uma noção de quem sou?
Satisfaça-se...

Não tente saber de quem gosto,
De quem amo...
Por quem posso morrer,
Não é problema seu...

Não me faça perguntas,
Perguntas que não posso responder,
Não responderei,
E para que saber?

O que sou?
É o que tenho para você...
O que fui e meus sentimentos,
São meus...

Não me aperte,
Não espane o parafuso,
Não me sufoque,
Posso não gostar...

Não tente me enganar,
Eu não vou acreditar,
Não faça teatro,
Não faça graça...

Não tente...
Invente,
Intensamente,
Amavelmente...

LRG



sábado, 17 de maio de 2014

Pablo e Carmen: Uma história de amor! Parte Um.







Pablo e Carmen


Uma História de Amor!


Aqui começa a história de Pablo e Carmen, teria sido a história mais bonita já contada, se não tivesse tido um fim. É mais uma história de amor. Uma história, real, uma história louca, uma história dos filmes de cinema ou televisão. Vou contá-la aos poucos, devagar, apesar da pressa e rapidez com que a históra aconteceu... 
Pablo era um moço muito inteligente, não diferente de Carmen, ambos jovens, ambos bonitos e cheios de vida. Ele era uma pessoa batalhadora, incansável, trazia nas veias o sangue espanhol... Não havia, dia e nem noite para o trabalho, e o fazia com afinco, determinação. Amava estudar, era minucioso e cuidadoso no que fazia.  Como já disse, era muito inteligente, queria ir longe, queria abraçar o mundo com seu sangue jovem e espanhol. Pensando nos tempos antigos poderia ser visto como um grande cavalheiro, um desbravador, um rei no seu forte. Não havia noite para ele, o dia se emendava com a noite, e a noite com o dia, num trabalho e estudo sem fim. Ele tinha pouco tempo para si próprio, para relaxar e andar à toa por aí. Apesar de ter sua casa, difícil era usá-la, a cozinha, o quarto era mesmo seu carro, onde se descolocava de lá para cá, e de cá para lá entre os seus trabalhos...  No seu carro tinha livros, tinha embalagens de comida fast food, tinha roupas, mas tão pouco era limpo, não havia tempo...
Pablo era particular, não era um ser que se encontra por aí em qualquer lugar, e por ser diferente, inteligente, trabalhador, determinado, sedutor e capaz de amar incondicionalmente ele entra na vida de Carmen...  



sexta-feira, 16 de maio de 2014

Mestre!




Mestre!


Neste seu aniversário,
Uma singela poesia,
Que em todos os seus dias,
Possam haver alegrias...

E se isso parecer utopia,
Que Deus perdoe minha inocência,
Pois Ele sabe que estes versos,
É um momento, de felicitação e alegria...

E se mesmo na escuridão,
Não puderes sorrir,
Que a" luz" sempre te guie,
Dia e noite, noite e dia...

Que tenhas muita saúde,
E paz no coração,
E que seus dias,
Formem uma bonita canção!

E te desejo neste aniversário,
A riqueza maior que o homem pode possuir,
A sabedoria envolta de discernimento,
Onde o amor verdadeiro possa fluir...

Sempre unidos,
Sempre juntos,
Nunca estaremos sós,
Que Deus esteja conosco,
E nos guie neste ensinamento, nesta evolução, nesta jornada!

Happy Birthday!


LRG
16/05/2014
São Paulo/Brasil













quarta-feira, 14 de maio de 2014

Silêncio







Silêncio


Como é difícil ficar em silêncio quando a vontade é literalmente de "por a boca no trombone"! Como o silêncio é chato quando não é desejado, mas necessário... Não se pode falar nada hoje em dia, porque tudo pode ser distorcido e perigoso... Até as verdades são mal vistas, as vezes é melhor contar mentiras, mentirinhas, "mentironas", fica mais bonito?! Ah se eu pudesse falar tudo que sei... Aposto que toda a verdade seria convertida em mentira... Odeio homens covardes que não assumem sua maldade, sua incapacidade de ser uma pessoa digna, capaz e que ande por seus próprios passos sem prejudicar os outros!
Ah, quantos foram criticados, assassinados, injustiçados, presos, torturados por serem verdadeiros...Quantos! Jesus, Joana D'arc, João Batista, Tiradentes, as "Bruxas", os pastorinhos, o prefeito Celso Daniel de Santo André, o escritor Paulo Coelho para o manicômio, etc... Esses nomes são os que lembro agora. Queria falar, falar, falar, mas para que? Melhor ficar quietinha, quietinha... Vamos esperar? Vamos esperar? Vamos esperar a justiça divina...



sexta-feira, 9 de maio de 2014

Forever





Forever


E no fundo do poço,
Eu te procuro,
Eu te invento,
Reinvento, não te acho...

E no fundo do meu coração,
Eu te encontro,
Longe, longe, longe,
Não te vejo, não te sinto...

E os dias passam,
Minutos,
Anos, e não...
Não te vejo...

E a cor do mar são seus olhos,
E da cor do céu teu brilho,
Perdido,
Nos anos que passam...

Não vá, não me deixe..
Você sabe,
Não vivo sem você,
Não existo sem você...

Não me peçam que eu te esqueça...
Tempo perdido,
Tempo doido,
Tempo, tempo, tempo...

Saudades,
Nada mais que saudades,
Não importa,
Eu digo...

Eu choro,
Eu digo,
Eu peço,
Sinto por nós,

Sinto,
Sinto,
Sinto,
Sinto...

E minto,
Minto,
Minto,
E minto..

Palavras ao vento,
Nada valem,
Mas o sentimento...
Não tem palavras,
Tem olhares...

Mares, Mares, de tempos, tempos...
Milhares de anos...
I love you....
Forever...

LRG





domingo, 27 de abril de 2014

Sufoco!






Sufoco!


E no meio daquele  sufoco louco você dá um jeito de aparecer... Sei, eu sei, jamais me abandonaria, jamais me deixaria, jamais sequer cogitaria de pensar em mim sempre como disse...
Você dá um jeito, você minha alegria mansa, você meu anjo da guarda!
Pudesse eu te fazer feliz como fazia,
Acreditar em todos os seus devaneios, viajar nas suas brincadeiras, brincar de faz de conta, e ir sem conta, sem eira e sem beira, apenas ser feliz, apenas brincar,como duas crianças, que nada querem apenas brincar, e a brincadeira é seu próprio fim, a brincadeira é sempre alegria... Mas não sei como brincar com você agora...
Anjo, criança, anjo menino, anjo-anjo, criança-criança, virou esperança...
E na nossa dança, e na nossa língua falada, ninguém mexia, pois ninguém sabia e era para assim ser...
Porque nosso mundo, não era esse, e nossas almas sabiam todos os nossos porquês,mas nossas mentem nem tanto, mentiam muitas vezes, porque a mente mente, mas  alma sabe...
Não se engana uma alma e tão pouco  compreendemos,
O mundo nos engana, polui nosso estado de apenas "ser",
Deixa nossa alma escondida em meio  bagunça do mundo e suas imposições,
Apenas ilusões,
E é preciso procurar,
Procurar o essencial,
Procurar o verdadeiro estado de ser, a nossa alma limpa,
E amar, como jamais se amou...
E entender, como jamais se entendeu...
E brincar, como jamais se brincou...
E sonhar, como jamais se sonhou...
E ser, como jamais se foi...
E no sufoco de encontrar o essencial,
Nossos olhos ficam cegos,
Mas que saberemos nos encontrar em alma,
E saberei reconhecê-lo mesmo sem te ver,
E mesmo no sufoco desse mundo atrapalhado,
Daremos muitas risadas...
Thanks por sempre estar por perto...

terça-feira, 22 de abril de 2014

Dois Minutos



Dois Minutos


Foram dois minutos para que toda mágica acontecesse. A situação era incerta, não se viam há mais de vinte anos, mas estavam dispostos a se reencontrar. Raquel não poderia saber o que sentiria, como reagiria, o que falaria, o que aconteceria quando o visse. Estável imóvel em frente à mesa com seu café com leite delicadamente numa pequena xícara, em segundos ele chegaria... 
Foi então que ela o avistou de longe, procurando-a e gritou seu nome, ele virou rapidamente e veio em sua direção. Naquele exato momento se olharam e instantaneamente se abraçaram, por alguns quarenta segundos, nunca haviam se abraçaram até então, durante toda a vida... Ele sentou, e ambos sorriram um para o outro, num reencontro fora dos planos, inacreditavelmente imprevisto nos últimos vinte e seis anos de nossas existências. 
Não precisava de muitas palavras, mas neste ímpeto de emoção, brincadeira do destino, magia da lua, sorriso nos rostos, brilho nos olhos de ambos e das estrelas, em menos de dois minutos ele segurou o rosto de Raquel e lhe deu um beijo. E a felicidade se deu, se entregou àquele dois minutos para tornar a "cena" viva por  toda a eternidade.  E não dá para não dizer que não se foi feliz. Porque a vida é assim, brincalhona, às vezes te dá momentos de tristezas, mas às vezes te dá gostas de felicidades, que se pode dizer que valeu à pena ter vivido por aqueles dois minutos, dois minutos de eterna felicidade.
É a vida... 


"Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."

Fernando Pessoa




quinta-feira, 17 de abril de 2014

Intervalo!






Intervalo


A vida começa no intervalo,
No intervalo da vida,
No intervalo,
Quando estamos pensando nela....

Ping, ping, ping,
Barulho da chuva,
Um pequeno intervalo,
E o nada acontece...

E a vida num instante, num intervalo,
Torna-se tudo...
E nos transforma,
Nos vira de ponta cabeça...

Nos faz sorrir,
Nos faz sonhar,
Nos faz ver...
Que do improvável, surge o provável...

E tudo fica místico,
E tudo vira mágico,
Ping, ping, ping,
Alquimia...

Sonhos em bola de sabão estouram,
Sonhos, sonhos de sonhos doces aparecem,
O intervalo se fez...
O intervalo fez mágica...

E no intervalo da minha alegria,
E no intervalo da minha tristeza,
Eis que surge uma borboleta,
Às vezes uma larva...

E tudo se transforma...
Mas é no intervalo,
No momento distraído,
Que a mágica acontece...

By LRG

17/04/2014