Dra. Lilian Regina Gonçalves
Pensamentos soltos!
quarta-feira, 24 de janeiro de 2024
Pessoa que importa!
quinta-feira, 4 de janeiro de 2024
Tio Zé
sexta-feira, 6 de maio de 2022
Masmorra
Oh Masmorra Velha!
Se eu não te visse hoje,
Acharia que tudo não passasse de uma ideia...
Mas você está presente...
Não, não é a época dos mouros...
Já está libertado os escravos,
Aos olhos daqueles,
Que não valem um centavo!
Meros andarilhos ricos,
Porque a vida engana,
Vão rindo à toa na passarela
Porque a morte ganha e um dia você estranha...
Vão sem sentido,
Numa dança imunda,
Num vazio sem nada,
Onde a falsidade inunda...
Não se tem mais brio,
Nem caráter, nem compaixão,
Mal sabem eles,
Que acabarão num caixão!
Vão em frente,
Só pensem no hoje,
Vão todos contentes,
Para o mar da desilusão...
Não chorem depois,
A parte de nós dois,
Que juntos vimos o escárnio,
Diante dos olhos depois...
Ninguém está nem aí, Agora
Chorará o mundo outrora,
Dentro de uma masmorra,
Que agora tu ignoras...
Vai em frente camaleão,
Que muda hoje e sempre,
Conforme a ocasião!
Eu te digo Adeus, vá ser uma serpente!
Lilian Regina Gonçalves
quarta-feira, 4 de maio de 2022
Clima do Tempo
O que me importa se hoje chove,
O se amanhã faz sol?
Minha alma morta não se move,
Está presa a um anzol
E quem lá se vive agora?
No frio do mundo cinzento,
Vivendo só por hora,
Longe do próprio pensamento...
O sol não brilha mais,
Não há vida com paz lá fora,
É só uma dança triste,
Do que foi e não será jamais...
Vem o sol,
Vem o vento
Vem o frio,
No fio do pensamento...
Nada importa,
Se faz frio ou vento,
Num mundo sem amor ao próximo,
É apenas um tormento!
Será um tornado,
Um caso mal falado,
Uma distorção mundana,
Ou um homem maltratado?
Se há trovões? Existem muitos...
Num mundo frio e desatento,
De uma alma machucada,
Que só precisa de alento!
Faça sol ou faça chuva,
De que vale as estações?
Num mundo calejado,
Em que quase ninguém move os corações?
Entre chuva, vento ou tempestade,
Aqui se esqueceram da neve
Branca, linda ao cair,
Mas fria e morta que se escreve...
Oh tempo! Faça o que quiser!
Não importa mais,
Num mundo incapaz de ser justo,
Num clima que não existe mais...
Que importa o mundo lá fora,
Se o índio já está morto,
Num tempo fora de hora,
Onde o gelo na alma se faz torto!
Oh homens fora da lei!
Que destroem sem tem amor,
Almas geladas longe da paz,
Intrusos para causar dor!
Só espero um monte de passarinhos,
Com alma branca e singela,
Traga bons tempos e carinho,
E transforme tempestade em sol na janela!
Lilian Regina Gonçalves
terça-feira, 3 de maio de 2022
Urubus
Urubus
A paisagem era agradável,
Ao redor da represa a natureza era linda,
Pássaros e flores dançavam de forma amável,
Tudo era perfeito de uma água inda e vinda...
Sabia-se que dali da paisagem
Só se queria a paz, a paz
Que de lá um dia existiu,
Mas que isso já não era capaz...
O sol se pôs de repente,
Ás águas se tornaram cinzas,
E antes tão transparentes,
Turvas se tornaram infelizmente...
O vento se tornou frio,
Já não se via o fim do horizonte,
E entre a neblina e aquele clima hostil,
Apareceram pássaros negros no céu...
Apesar de tudo, eles dançavam uma dança,
Seriam lindos se não fossem urubus,
Mas eram lindos naquela andança,
Embora não sabiam que pactuavam com a morte!
Mas não se podia dizer que eram feios,
Eram da natureza, mas causavam medo...
Porque se deliciavam sem freios,
Entre as entranhas dos mortos...
Apesar de só quererem comer para sobreviverem,
Não havia graça no seu voo e nem no pouso,
Ninguém os chamavam de lindos
Muito menos formosos...
Eram só urubus, apenas riam,
Não sabiam da dor do morto,
Não sabiam da vivacidade dos que lá jaziam,
Eram bandos de olhar torto...
E todos se calaram,
A noite caiu, a névoa surgiu,
Daquilo que já era findo todos choraram,
Mas eles continuaram num grito sombrio e frio...
...
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Você chegou e subiu no tablado de madeira,
Seu sapato fazia "tuc", "tuc", "tuc" no tablado de madeira,
Novo dia chegou, e novamente o sapato para lá e para cá,
"Tuc", "Tuc" fazia seu sapato contra o tablado.
Era engraçado, aquele jeito,
Mas ao mesmo tempo era sexy,
Às vezes sentia um medo, "tuc", e às vezes eu não sentia nada,
E a batida era sentida até no coração!
Comecei a gostar quando ele vinha,
Além do sapato, ele fazia graças,
Eu me matava de rir...
Cheguei a comentar com um amigo sobre o sapato...
Um dia chegue a pensar: "-Será que gosto desse homem"?
Por que meu coração tem que sentir essa batida assim?
Seria recíproco? Ele olhava diferente para mim...
Mas logo em seguida pensava: "-Ah não, não"!
Haviam momentos que eu achava que estava gostando dele,
Porém, outros momentos não,
Um ano passou, e eu esqueci,
E veio outro ano.
De novo o sapato no tablado,
As brincadeiras que me lavavam a alma,
Então eu caia na real e pensava,
Não, eu não vou beijar este homem, chego até ter medo deles...
Porém um dia nos beijamos!
E contei para o meu amigo,
Ele disse: "- Lembra há tanto tempo você falando do sapato...
Amo-te!
By Lilian Regina Gonçalves
The shoe You arrived and went up on the wooden platform, His shoe made "tuc", "tuc", "tuc" on the wooden platform, New day has come, and again the shoe back and forth, "Tuc", "Tuc" made his shoe against the platform. It was funny, that way, But at the same time it was sexy, Sometimes I was afraid, "tuc", and sometimes I felt nothing, And the beat was felt even in the heart! I started to like it when he came, In addition to the shoe, he did thanks, I killed myself laughing ... I even commented with a friend about the shoe ... One day you might think: "-Do I like this man"? Why does my heart have to feel this beat like that? Would it be reciprocal? He looked at me differently ... But then I thought: "-Oh no, no"! There were times when I thought I was liking him, However, other moments do not, A year passed, and I forgot, And another year came. Again the shoe on the platform, The games that washed my soul, So I got real and thought, No, I'm not going to kiss this man, I'm even afraid of them ... But one day we kissed! And I told my friend, He said: "- Remember you talking about the shoe so long ago ... I love you!
sábado, 25 de abril de 2020
Saudades
A Falta é demais, a saudades insuportável,
Não tem anos que cure essa sua ausência,
Não tem um dia que não penso em você,
Será que te verei ainda?
Eu nem vou saber o que dizer,
Não, não te perdoo por ter ido embora,
Também não sei se queria ir...
Sinto-me perdida sem você,
Não sei qual rumo tomar,
Preciso de sua ajuda e não sei se você precisa da minha...
Esse ano não teve Páscoa,
E nem fomos para o Guarujá,
Não publiquei nenhum artigo científico...
Não li o último "paper" daquilo que você queria que eu lesse,
E não dei o ovo de Páscoa que ganhei para você...
Lilian Regina Gonçalves 25/04/2020
Lack
The Fault is too much, the nostalgia unbearable,
There are no years to cure your absence,
There’s not a day I don’t think about you,
Will I see you yet?
I won't even know what to say,
No, I don't forgive you for leaving,
I also don't know if I wanted to go ...
I feel lost without you,
I don't know which way to go,
I need your help and I don't know if you need mine ...
This year there was no Easter,
And we didn't even go to Guarujá,
I didn't publish any scientific article ...
I didn't read the last "paper" of what you wanted me to read,
And I didn't give you the Easter egg I got for you ...