terça-feira, 3 de setembro de 2013

O Comboio Parte I






Comboio/Trem
Parte I


Estou no comboio,
E a vida passa,
O tempo passa,
A paisagem passa pelos meus olhos...

Aqui onde estou é Outono!
Neste cantinho do mundo,
Onde meu coração me levou,
Onde o mar é mais profundo...

Olho pela janela,
As árvores de folhas amarelas,
O céu um pouco nublado,
E o sol que quer se esconder...

As ovelhas pastam,
Vejo um canteiro de flores brancas e rosas,
Uma casa amarela,
Um carro verde na estrada... Cores... flores... vida...

As videiras com suas folhas roxas, verdes e amarelas,
As gaivotas pelo céu,
A casa velha destruída, vazia... Sem ninguém... Abandonada....
Agora vejo a cidade com suas casas novas e prédios...

E estas palavras e sentimentos são meus!
Não seriam os mesmo de outro passageiro desse comboio,
Acento de número 95, carruagem de número 21
Do comboio que leva o meu coração...

A saudade bate no meu peito,
Lembro-me de alguém que me faz sorrir mesmo distante,
Presente agora no meu coração,
Vivo no meu pensamento, alegre e brincalhão!

Olho-me no reflexo do vidro da janela,
Cabelos castanhos, olhos e cachecol azul,
Estou séria,
Enjoada com o balançar do comboio...

E o comboio passa por um túnel,
Fica tudo escuro,
Só vejo o comboio por dentro, não há paisagens...
Só o comboio e seus acentos e cortinas verdes escuras,

Volto a ver a paisagem, que combina com o verde de dentro do comboio,
São árvores de folhas verdes, outras marrons queimadas pelo fogo,
Aparecem os pinheiros pelo caminho,
E lembro do Natal que se aproxima,

Nas casas as chaminés chamuscadas,
Algumas chaminés soltando fumaça,
Sinal de fogo acesso, frio e quente...
E o comboio vai passando, correndo...





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