quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Amanhã




Amanhã


Amanhã será um novo dia onde tudo irá dar certo,
Amanhã tudo será mais lindo,
Amanhã você terá esquecido de tudo ruim que aconteceu hoje,
Amanhã tudo será diferente, tudo dará certo,
Pense sempre no amanhã quando o hoje não te ajudar...



Lili

Pedacinhos de mim!






Pedacinhos de mim...


A  partir de agora estarei escrevendo pedacinhos de mim escritos em velhos diários e agendas que encontrei. Vou descançar minha mente e minha alma...


Abraços a todos!

sábado, 26 de janeiro de 2013

Chicletes







Chicletes



Eu nasci conhecendo o chicletes, sim é isso mesmo, o "chicletes", a "goma de mascar". Desde criança o chilcletes fez parte de nossas vidas. Há quem não goste. Há quem desaprove. Há quem diz que faz mal. Não importa, o chicletes veio para ficar. Na época de colégio, na feira de ciências, um grupo resolveu pesquisar como se faz o chicletes, e aprenderam a fazer-lo e todo mundo via e se admirava. Lembro deste estande até hoje na feira de ciências, parece que estou vendo agora a goma de mascar se formar... 
O tal do problema do chicletes  era que estragava os dentes por conter muito açucar, e criança para escovar dente é um sacrifício! Eu, se soubesse o que vinha depois não hesitaria em escová-los, é muito chato ficar lá na cadeira do dentista uma hora de boca aberta sem poder falar, engolir e ainda com chances de sentir dor mesmo depois de uma picada de injeção na gengiva!  Graças a tecnologia, ao nosso mundo contemporâneo, foi desenvolvido um chicletes que não tem açucar portanto não faz mal para os dentes! Ao invéz disso, ajuda a limpar os dentes. Minha prima, da área de marketing, foi trabalhar como representante do chicletes sem açucar, é claro, nos consultórios dos dentistas! Nesta época, minha família, andava sempre com chicletes nas bolsas.   
Nunca esqueço, do chicletes da minha época, retangular, todo embrulhadinho, papel azul escuro, se não me falha a memória o nome dele era "ping-pong". Abriamos o chicletes e ele estava lá, todo cor-de-rosa, acompanhado de uma figurinha, ou uma tatuagem que colávamos nos braço, na mão... E então, era só por o chicletes na boca e mascar, mascar, mascar, fazer bolas com a tal goma e ouví-las estourar bem perto do nosso ouvido: "puc", "puc", "puc"... E quando conseguíamos fazer uma bola grande com chicletes, aí era uma alegria! A bola estourava, a goma grudava toda ao redos dos lábios, era muito engraçado!
Vejo agora aquela menina (eu), meio gordinha, shorts e camiseta, pé no chão, com meu chicletes fazendo estripulias pelo bairro.. Naquela época, os tempos eram outros e crianças podiam ficar soltas na calçada com os pés no chão!
Quando o chicletes perdia o gosto, ou já estávamos cansados de mastigá-los para lá e para cá, o jeito era se livrar dele. E para onde o chicletes usado? Quando estávamos na rua era para o chão! Isso mesmo! Nós tirávamos a goma gasta da boca e antes que ela grudásse nos nossos dedos, atirávamo-as longe e só pensávamos: "- Coitado de quem pisar no chicletes"! Mas como diz a gíria dos tempos atuais: "- Faz parte...". Quem jogava o chicletes saia ou rindo daquele que pisasse e tivesse aquela goma presa nos sapatos, e quem pisasse, "ah" quem pisasse, saia chingando com o chicletes grudado no sapato... É claro, quando havia um cesto de lixo onde quer que fosse, atirávamos o chicletes dentro, mas nem sempre havia cestos de lixo na calçada... E na maioria das vezes, quando resolvíamos jogar o chicletes fora, nós estávamos nas nossas bicicletas, em alta velocidade na calçada.
Quando mascávamos o chiclete dentro do carro e queríamos jogá-lo fora não pensávamos duas vezes, abríamos a janela e o atirávamos na rua. Não havia aquela história de saquinho de lixo dentro dos carros, isso veio depois, lugar de chicletes depois de usado na maioria das vezes era no chão! Às vezes colocado embaixo da cadeira na sala de aula, e se bobiasse os cabelos das meninas viravam depósito de chicletes dos meninos malvados!  
E agora explicando porque resolvi contar minha história com o chicletes, foi por lembrar que um namoro se esvaiu por causa de um chicletes meu! É, o chicletes acabou com o relacionamento! Como foi? Eu toda contente no carro do tal namorado, todo certinho, engomadinho, cabelo penteado, politicamente correto, no seu corolla (carro) impecável, automaticamente abri o vidro, tirei o chicletes da boca e o atirei na rua! Ele ficou indignado! Como eu poderia estar atirando o chicletes na rua. E então, eu falei para ele: "- Não estou entendendo, o que você queria que eu fizesse com o chicletes?" Ele respondeu: "- Você deveria ter dado o chicletes para mim, que eu o guardava aqui no carro e depois o jogava no lixo..." Não falei mais nada, devia ter grudado bem escondido o chicletes dentro do carro dele, acho que ele não mascou chicletes na infância da nossa época...   Ainda hoje, eu vou andando na calçada e olho para o chão, para ver se há chicletes esmagados, sim há e muitos! Não sou só eu que jogo chicletes no chão! Porém, conversando com a minha irmã, que arquiteta, e preza pela beleza do chão, os chicletes devem ser jogados no lixo. Ela contou que em Lisboa foi feita uma campanha para as pessoas não jogarem chicletes no chão, pois tiveram que trazer máquinas super potentes à vapor para retirar os chicletes do chão. Por isso, joguem seus chicletes no lixo, quando possível...!
  

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Quando o coração chora para dentro...



Quando o coração chora para dentro...


Não, não se pode chorar nos dias de hoje, tendo chorado um pouco por um fato que nos entristece, todo mundo começa olhar feio.
O pior é quando a tristeza vem de dentro do coração apertado. Aquela tristeza séria, de verdade, como uma saudade  de algo que amamos  e está longe do nossos olhos e que nunca mais veremos.  Então, nós seguramos para não fazer feio, o coração chora sozinho dentro do peito. É o choro apertado, calado, dolorido, um nó na garganta... Fazemos de tudo para a lágrima não saltar dos nossos olhos, porque se uma lágrima cair é uma prova, não estamos cem por cento felizes como deveríamos estar...
Então, a solução é "chorar para dentro". A gente faz de conta, põe um sorriso no rosto e quem chora é o coração...  Eu fico imaginando o coração, dentro do peito, derramando as lágrimas que não podem sair pelo canal lagrimal e se espalhar pelo rosto até pingar no chão... Um dia desses chorei uma lágrima tão dolorida que causava dor, ela parecia ser como um ácido queimando meu rosto, como é dolorido esse tipo choro... Ainda bem que experimentei essa lágrima ácida só depois dos quarenta anos de idade. Acho que fui agraciada por Deus, por demorar tanto para sentí-la mas, chegou o dia...  
Parece até que quem não está feliz, está por fora! A lei é ser feliz!  Por isso essa busca desenfreada por antidepressivos, porque gente triste não está na moda. E então, muitas vezes temos que comprar a felicidade, para alguns pode ser comprada com sapato novo, um brinco de brilhantes, uma viagem para um hotel legal, várias cervejas, um copo de uísque, uma roupa nova etc. 
 A regra é estar sempre sorrindo no facebook e redes sociais. Outro dia até vi uma postagem no facebook: "Dinheiro não traz felicidade, mas te faz poder sofrer em Paris". Não, não concordo! Quando essa tristeza verdadeira bate, não importa onde a "porta" esteja, em Paris, Milão, Califórnia... Ela bate e entra sem avisar... 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Cabeça Vazia





Cabeça Vazia



Minha paciente insiste em dizer que a cabeça dela está vazia! Olhei o prontuário desde o início. Tudo certo, exames normais, medicada, mas a queixa continua "cabeça vazia". Foi então que falei que não podia explicar porque que a cabeça dela está vazia! Eu tentei, fiz de tudo! Fiquei imaginando uma cabeça vazia, sem nada dentro, sem cérebro, nada de milhões de neurônios funcionando incessantemente, impossível... Lembrei da expressão quando usamos quando a pessoa é inconsequente, "cabeça oca", e dizemos: "- Esse aí tem a cabeça oca!", mas não era o caso, ela estava preocupada com a cabeça dela. Geralmente quem tem a "cabeça oca", não está nem pensando sobre isso.  Quando nada orgânico consegue explicar os sintomas, é melhor partir para o lado psicológico, emocional, e a hora de fazer aquela pergunta: "- A senhora (o) está passando por algum problema?". E quem não está com sessenta anos de vida? Quando já provamos de todos sabores e dissabores da vida? É quase que perguntar: "- Você está respirando agora?". Se você estiver vivo a resposta vai ser "sim". 
Sim, ela estava com muitos problemas, marido alcoólatra, filho desempregado e vários outros problemas... A cabeça vazia é como um apelo dizendo: "- Não aguento mais... Não assimilo mais, minha cabeça está vazia!
E é assim no século XXI, as batalhas são internas, travamo-as dia-a-dia nesse mundo moderno, mas há quem encare isso numa boa. A depressão, ansiedade, bate na porta da maioria das pessoas nos dias de hoje, mas tem gente que não atende a porta, não "dá bola" para ela e vivem melhor. Eu conheço algumas pessoas assim, poucas. Já está comprovado cientificamente a respeito da depressão, depende da química cerebral, genética, hereditariedade e sorte! Sim, eu acredito na sorte sim! Há quem não tenha problemas? Há quem não fique ansioso? Depende de como vemos a vida? Vamos ter que aprender a ver a vida com outros olhos?  De uma outra forma? Ou será que os antidepressivos será parte da nossa refeição diária?  Eu tenho um amigo que sempre diz: "- Deveriam colocar antidepressivos  na água em que bebemos..." Verdade... E lá vai mais uma receita com antidepressivo... Até quando? 



    

sábado, 12 de janeiro de 2013

100%




100%

Não seria 100% se não fossem os dois, o casal, um senhor e uma senhora por volta de setenta anos de idade. O senhor era meu paciente e estava lá no consultório tentando falar suas queixas e os medicamentos que fazia uso, mas sempre se esquecia dos detalhes e sua companheira o relembrava ou falava em seu lugar. Realmente ele estava bem esquecido e se não fosse sua companheira, o esforço dele teria que ser bem maior ou até não iria conseguir se lembrar. Ela era importante, respondia tudo na ponta da língua, os medicamentos, as dosagens de cada comprimido, os horários de tomada etc. E então ela falou: ”- Ai doutora, você está vendo nossa situação, ele desse jeito e eu com problema nos ossos, nas pernas, nem consigo andar!”.  Olhei para os dois, ele com “problema na cabeça”, esquecimento. Ela com problemas nas pernas precisando de auxílio para nadar. Os dois se queixando, ninguém estava 100% ali... Então, olhei para os dois e falei espontaneamente: “- Olha, o senhor está 50% e sua companheira também está com 50% de saúde; então, os juntos somam 100%! Pronto! Juntos vocês estão 100%! Ótimo!”. E todos nós caímos na gargalhada... Não conseguíamos parar de gargalhar, rir da vida... Às vezes, só nos resta essa solução, ver a “vida” de outro jeito, e se ela insistir em nos deprimir com seus percalços, damos um jeito do resultado ser 100%!

domingo, 6 de janeiro de 2013

Querido!






Querido!


Querido!
Meu amor amigo,
Luz no peito,
Paz da minha alma!

Muitas vezes motivo do meu sorriso!
Faz-me crer que existe paraíso!
Seu jeito descontraído,
Fulgaz e indeciso!

Sério e brincalhão,
Vive às vezes numa ilusão!
Dentro de uma bolha de sabão!
Que estoura em pleno ar ou no chão...

Homem e menino,
Dia e noite,
Música e silêncio,
Perfeição na imperfeição!

Seus sonhos não têm estrada!
São todos como passarinhos
Leves, soltos e felizes...
Percorrem todos os caminhos!


No meio da tristeza e alegria,
Está a sua harmonia,
Super-homem ou ermitão,
Malabarista do circo dentro de um balão!