domingo, 24 de agosto de 2014

Flores!





Flores


Não,
Não quero, nenhuma flor, arrancada da terra,
Não quero,
Não quero natureza morta...

Deixa, deixa todas, as flores...
Deixa, deixa elas viverem...
Deixa,
Deixa a vida viver...

Amor,
Se eu soubesse,
Que te arrancariam a vida,
Eu impediria...

Não, não, não...
Não flores em cima de você...
Chega!
Você não vai conseguir respirar....

E deixe os homens,
Os homens que se matem,
Eu não me importo,
Eu me importo com você...

Flores,
Flores,
Natureza morta,
Adeus flores, flores...

Não me castiguem,
Com este cheiro de flores...
Flores que aqui estão,
Mas já eram...

Ai que saudades,
Das flores, dos canteiros das calçadas,
Molhadas,
Sem nada dizer...

Porque tudo, era tudo,
Porque tudo era nada,
E nós dois na estrada,
Sonhando na madrugada...

Saudades, saudades,
Do teu sorriso,
Paraíso acabado,
Um jardim destruído...

Flores!
Flores!
Despedida...
Partida...
Adeus...