quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Confissões de Rachel: A festa a fantasia!

Confissões de Rachel









A festa a fantasia!

Escuta essa doutora...


Eu estava na faculdade, primeiro ano tudo novidade, o pessoal da turma do terceiro ano resolveram fazer uma festa a fantasia em uma discoteca! Tudo legal, perfeito! Eu e uma amiga escolhemos nossas fantasias e estávamos ansiosas para o dia da festa chegar!
O dia tão ansioso chegou! Eu vestida de columbina, ela com vestido de can can, dos cabarés franceses. Combinamos de nos arrumarmos juntas, na mesma casa, para uma ajudar a outra, nos detalhes, na maquiagem etc.
O meu vestido era uma graça. Lembro-me até hoje dele, o corpete, era de losangulos, azuis e brancos, saia de tule azul, lantejoulas, fitas, sapatilhas brancas de ballet e pompons.
O pai da minha amiga nos levou de carro até o local marcado, descemos fantasiadas e começamos a notar que não havia quase ninguém de fantasia. Agora já não tinha jeito! As duas, na fila para entrar na porta da discoteca, fantasiadas... Olhamos, e só vimos o carro do pai da menina indo embora... Na época não havia celular, garotas sozinhas não pegavam táxi no meio da noite... O jeito era entrar na festa, enfrentar os veteranos fantasiadas e esperar o horário marcado para o pai dela vir buscar na porta da discoteca.
Foi uma das experiências mais trágica e ao mesmo tempo cômica que passei na minha vida... Lembro que a roupa da minha amiga era preta e vermelha, ainda dava para disfarçar na meia luz da discoteca, mais a minha era azul! Impossivel me esconder...
Sentei no balcão do barzinho e fiquei lá quietinha, ia pedir um drink, ficar no meu cantinho até a hora marcada chegasse para eu ir embora... Eu tinha que sobreviver, eu ia sobreviver... Afinal, era uma festa a fantasia, que não era uma festa a fantasia! Quem estava louco afinal?
Enfim, eu quieta no meu banquinho olhando para o barzinho, um veterano do quinto ano começou a falar comigo: "- Oi, tudo bem? Como você se chama? Você está linda!". Não, não podia ser, era brincadeira? Eu, toda fantasiada, daquele jeito? Então falei: "- Você está brincando, não é? Eu sou uma das únicas fantasiada nesta festa e estou linda?". Ele disse: "- Sim! Maravilhosa!". Respondi: "Que bom! Meu nome é Rachel!". E conversamos a noite inteira, e foi uma noite maravilhosa, inesquecível! Tenho guardada essa noite numa das gavetinhas da minha memória, aquela que diz: "coisas muito boas da minha vida", uma delas foi essa noite...
A história não terminou por aí... Meu "Pierrot", um veterano, charmoso, lindo e sedutor, resolver me levar para casa, na verdade eu iria dormir na casa da minha amiga, pois a minha casa era longe da discoteca, uns trinta kilometros. A primeira resposta foi: "não", obrigada! Meninas não embora sozinhas com moço no carro... Mas falei com minha amiga e ela disse: "-Vai sim!". Espero-te em casa...
E foi assim que ousei e fui de carona, num scort XR3 conversível, numa noite possível da capota ser removida e de passearmos por toda Avenida Paulista em São Paulo, olhando a lua e as estrelas, conversando e  sonhando... Foi um conto de fadas!

Rachel

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