segunda-feira, 30 de abril de 2012

Erros de Português!




Pessoal, desculpe pelos erros de português! Não corrijo meus textos. Escrevo direto de acordo com o que vou pensando, mas estou corrigindo todos e logo os corrigirei no blog!
Abraços para todos e bom feriado!
Lilian Regina Gonçalves

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Anjo!





Anjo!

Anjo, anjo, anjo da minha vida!
Porque anjos são invisíveis?
Se não são porque não o vejo?

Cadê você meu anjo?
Em que nuvem você mora agora,
Além de dentro do meu coração?

Anjo brincalhão,
Onde você se escondeu?
Onde você está agora?


Meu anjo de sorriso lindo,
De olhos brilhantes
E alma de algodão-doce

Meu anjo criança,
Meu anjo amigo,
Meu anjo palhaço,


Não te poder ver é tão triste,
Como festa sem brigadeiro,
Futebol sem chuteira...

E sentir falta o ano inteiro,
Daquele sorriso amigo,
Daquela brincadeira sem sentido...

Meu anjo como você está agora?
És tão lindo como antes?
Talvez mais bonito que outrora,

Vive em minha memória,
Faz parte da minha história,
Protege-me a toda hora,

Não me esqueço de ti,
Mesmo sendo um anjo invisível,
Que não posso ver...

Mas nada é impossível,
Fecho os olhos e te vejo,
Dou uma risada, um abraço e te beijo...







segunda-feira, 23 de abril de 2012

Liberdade!






Liberdade!

Não, não, ninguém rouba minha liberdade! É tão bom ser livre que cada dia me convence que fiz a melhor opção que poderia ter feito: não casado! O casamento pode ser bom para muita gente, mas não para mim! Sou um espírito livre! Não gostaria de viver sobre ordens de um homem! Não sou feminista, sou humanista! Não acho que uma mulher ou um homem deva se submeter aos caprichos do outro porque está se legalmente casado. Viemos sozinhos para o mundo e sozinhos voltaremos, porque temos que ficar grudados a uma pessoa a vida inteira muitas vezes sem querer? Quantas mulheres vivem presas em seus casamentos, lavando, cozinhando, trabalhando, cuidando de filhos de forma tão desigual aos homens? Os homens também possuem dois braços e duas pernas, a vida mudou! Digo fora ao casamento patriarcal!  Os exemplos que tenho de uma sociedade chamada "casamento" não são nada animadores. Geralmente um ou outro está insatisfeito, entediado, cansado, porque viver assim? Acredito que um casamento só é válido quando existem filhos envolvidos, então vale a pena se esforçar, mas até que ponto? Não sei se é bom uma criança viver num lar em desarmonia.
Em alguns anos tudo isso irá mudar, antigamente se casava com comunhão total de bens hoje em dia ninguém mais faz isso! Numa época mais antiga ainda a mulher tinha que vir com dote como se fosse alguma mercadoria... Não devemos ficar presos a conceitos antigos. Mesmo que os mais religiosos digam que tem que ser assim, não acredito! Deus já deve ter mudado seus conceitos, se ele mesmo nos criou com a capacidade de pensar, mudar, evoluir somos feito à sua imagem, ele já mudou sua forma de pensar! Jesus mesmo já veio ao mundo com uma mente mais aberta, ele mesmo não se casou! Somos seres em evolução porque ficarmos atados ao passado? Não posso julgar completamente a instituição chamada “casamento”, porque nunca casei, o que digo não é uma experiência vivida, é uma experiência observada, como parto do princípio que “só sabe quem prova”, não estou completamente certa! O casamento pode ser lindo para algumas pessoas, nada é impossível! Porque tem que existir a lei Maria da penha aqui no Brasil? Ainda bem que existe, mas o ideal seria que não existisse! Porque as mulheres tem que sofrer violência doméstica? Acho uma vergonha para os homens existir uma lei dessas! Ainda bem que não existe uma lei João da penha, seria uma vergonha!  
Não precisamos viver assim... Uma mulher não pode casar com um homem visando ser sustentada e nem vice e versa! Por isso devemos investir na educação, porque é a única maneira de sermos livres! Uma pessoa independente, culta, dona do seu próprio nariz não precisa usar ninguém como muleta. Quando essa sociedade machista irá aprender que as mulheres não são iguais aos homens nem pretendemos isso, mas aquela história de mulher submissa, escrava, com salários inferiores estão com os dias contados! Vai ter muito homem que terá que aprender a fazer arroz com feijão, fritar um ovo, lavar uma louça e roupa, trocar fralda de neném, ao invés de ficar sentado no sofá vendo televisão isso vai...



 

sábado, 21 de abril de 2012

Disfarce




Disfarce


O que faço eu agora,
Disfarçando a tristeza em alegria?
A lágrima em uma risada
O silêncio em uma poesia?


Se tudo faz ou não faz sentido,
Se tua lembrança é o teu pedido
De novos dias vividos em plena felicidade
Misturado com tristeza e saudades?


Que complexa é a vida humana,
Que quando fechamos os olhos,
Viajamos para todos os lados,
Mas quando o abrimos estamos presos no momento?


Que poder é esse que temos
Que nem mesmo conhecemos
Que faz todo presente virar passado,
Velho, roto, sem função e ultrapassado?


Tudo é efêmero, grande ou pequeno,
Nesta grande estação,
Estamos sempre girando,
Mesmo sem termos noção!


Um dia aqui não estarei,
Tudo passarinho passará
Mas o meu amor por ti
Neste poema ficará!


terça-feira, 17 de abril de 2012

Desculpe!




Desculpe!




Desculpe meu amor
Que eu sou apenas eu,
E não tudo aquilo que você queria para mim,
Eu sei o quanto você me quer bem
Quer o melhor para mim...

Eu nunca vou deixar de lutar
Por nossos sonhos, por mim e por você,
Nada irá apagar o sorriso dos nossos lábios
O bater rítmico dos nossos corações
O caminhar junto de nossas almas...

Não há tempo,
Não há passado presente ou futuro,
O que importa é que você faz parte de mim,
E então, jamais desistirei de lutar,
Por dias melhores,
Por pessoas melhores,
Por um mundo melhor,
Um quintal mais florido,
Por almas mais amigas,

Não importa quantas vezes eu tenha que cair
E ferir o meu joelho,
Eu vou levantar,
Vou andar mancando,
Nunca desistirei,
Da nossa história
Mesmo que ela tenha que ser mudada
Mas no fundo sempre na mesma estrada

Não podemos lutar com o mundo,
Lutaremos com nossas próprias fraquezas
E colocaremos o pão fresco todos os dias em nossas mesas,
Se fizer chuva ou se fizer sol
Dançaremos na mesma calçada,
Rindo do tempo maluco,
Caminhando, caminhando, caminhando...

Um dia, estaremos dando risadas,
De toda nossa luta,
Vou poder te abraçar e dizer:
Obrigada por nunca me deixar desistir...
Obrigada por sempre me fazer sorrir...



Desculpe amor,
Pelos momentos que vacilo
E esqueço a nossa história
Apago num suspiro a chama da vela
Que você mantém acessa
Dentro do meu coração...

Desculpe meu amor...
Que  eu sou apenas eu,
E não aquilo que você queria para mim...
Nunca se esqueça de voltar e acender a vela
Que mantém aquecido e iluminado,
O meu coração!

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Bom Dia!






Bom Dia!



Bom dia meu amor!
O dia já nasceu,
A lua se escondeu,
O sol esmaeceu...

Estou aqui no oitavo andar,
Do meu apartamento,
Cheiro de café fresco no ar,
E vou junto com o meu pensamento...

De certo você já despertou,
Percebeu que estava atrasado,
Num segundo se levantou,
Se sentindo todo amassado!

Num instante se vestiu,
Colocou a meia do avesso,
Fez num minuto um café solúvel,
Chegou ao carro num arremesso...


Agora viu que estava bem atrasado...
Lembrou que seu trabalho não é na próxima esquina,
Olhou o trânsito todo parado,
E seu carro quase sem gasolina...


Conseguiu chegar ao posto de gasolina,
Depois de ter rezado todo caminho,
Para seu carro não ficar parado,
Porque você não tinha nem mais um minutinho...


Pensou três vezes que chato
Essa vida toda corrida
Já não dá para pensar em mais nada
Só na hora da volta e da ida


Quem sabe na hora do almoço se respira
Faça uma piada da própria vida
Volte rindo pela calçada
Achando que a vida é mesmo uma piada!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Paciente Trinta e Três





Casaco Vermelho


Estava muito calor naquele dia. Eu não ligo para ventilador, e sempre acabo cedendo o do meu consultório do posto de saúde para as meninas da recepção. Porém, aquele dia estava extremamente quente, no mínimo trinta e cinco graus Celsius. Eu, que não costumo suar muito, estava suando debaixo daquele avental branco.
Chamei a paciente, entrou uma velhinha de seus oitenta e poucos anos acompanhada da filha. O problema já era previsto, a filha contou que a velhinha estava estranha, não lembrava várias coisas, perguntava a mesma coisa várias vezes ao dia, e andava tendo atitudes esquisitas. Expliquei para a filha que a idade da mãe dela era muito avançada, provavelmente se tratava de uma demência senil. É claro que a filha já estava esperando ouvir isso, aliás, hoje em dia ficou esquecido todo mundo já lembra a doença de Alzheimer e ficam logo morrendo de medo dela estar andando por perto, querendo fazer companhia... Ninguém quer saber do tal do Alzheimer, ele tem assustado mais do que fantasma! É claro que não posso dizer que ter doença de Alzheimer é bom, mas tenho visto que para alguns pacientes ele pode ser um bom amigo... Dependendo do que tenhamos vivendo em nossas vidas, no final é melhor esquecer-se de tudo e partir desta vida como uma criança... Às vezes sinto que talvez a pessoa desenvolva a doença de Alzheimer como uma forma de se proteger do sofrimento vivido ou do sofrimento que está previsto viver. Não sei, sou uma pessoa que sempre está pensando sobre tudo  e seu por que! Ai que cérebro o meu, nasceu assim! Deus que me desculpe tantos questionamentos, mas sou assim, desde quando era pequena... Já chegaram a me falar: "-Desista, suas perguntas não têm respostas!". Eu fico desesperada, quero sempre que as coisas façam um sentido, talvez se não pensasse tanto fosse bem mais feliz! Mas é assim, por isso digo que não sei se ter a doença Alzheimer é tão ruim para algumas pessoas... Não posso afirmar em tão pouco tempo de consulta, se o "esquecimento" da dona Idalina, seria algo de bom ou ruim para ela, pois não parecia muito preocupada, como diriam os jovens, "estava na dela".  Mas havia um problema, e eu não havia reparado, e então a filha falou:  "- Olha doutora, ela só quer andar com esse casaco vermelho e esse  gorro vermelho, faça frio ou calor..." E foi então, quando dona Idalina se levantou para sair do consultório que percebi como ela estava vestida naquele dia quente de verão: casaco de inverno comprimido e gorro de lã ambos vermelhos, uma saia de tecido de verão florida, nada de meias ou botas, mas sim chinelos tipo havaianas nos pés. Realmente algo não estava bem com dona Idalina, pois ela estava sentindo frio só da cintura para cima! Sem realmente se importa, dona Idalina saiu andando do consultório sem dizer uma palavra. Fiquei pensando porque dona Idalina fazia tanta questão de andar com seu casaco vermelho... Será que foi um casaco dado por seu amor? Será que foi o casaco que ela sempre sonhou a vida inteira em ter e agora tinha? Será que era para esquentar o frio de sua alma?  Talvez não seja por nada, ou talvez ela se ache parecida com alguma atriz de cinema com esse casaco... É a vida é assim, o que nos vai dentro da alma somos nós que podemos dizer ou sentir, ninguém mais...

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Paciente Trinta e Dois




A tragédia


O que era para ser uma alegria, o nascimento de um filho, virou uma tragédia. Era para ser um parto normal, como o de milhares de mulheres por aí com final feliz, sorrisos, fotografia, todos familiares e pessoas queridas comemorando  o nascimento de um bebê. Porém, esse dia transformou-se numa sequência de acontecimentos inesperados o que levou a paciente ao estado de coma. Uma combinação de medicamentos comuns para vômito e dor e pronto, choque anafilático, parada cardíaca, encefalopatia anóxica (falta de oxigenação no cérebro) e coma. 
Entrou a paciente no consultório, uma moça de uns trinta anos de idade em uma maca, sem andar, sem falar, e com olhos abertos.  Até que certo ponto ela tem consciência de tudo o que aconteceu? Eu não sei, ela não consegue se expressar, mas faz dois anos que ela está assim depois que entrou no hospital para ter seu bebê, e continua lá, não saiu, não teve alta, não foi para casa. O corpo sem função, os membros retraídos pelo déficit de força, desuso e retração dos tendões neuromusculares, fraldas descartáveis e certa consciência.
Fico pensando, como nossa vida pode mudar de uma hora para outra e não precisa de muito, um medicamento comum, uma reação inesperada e pronta, uma vida  tragicamente mudada para sempre... Olhei, olhei a paciente e pensei que poderia ser eu no seu lugar, pois fui medicada com os mesmo medicamentos para vômito e dor! Exatamente os mesmo! Dei sorte, saí andando com o meu bebê, ela não está no hospital há dois anos e nem pode segurar seu bebê no colo... A vida é estranha, não consigo entender, porque ela e não eu, ou ninguém? A vida é uma loteria? Porque uns sofrem mais do que os outros? Será que a teoria espírita, budismo e hinduísta estão certos? Uns sofrem mais outros menos de acordo com o que temos que aprender das vidas passadas? Será simplesmente uma mera coincidência? Um azar mesmo? Deus não tem nada haver com isso já que fomos nós que inventamos esses medicamentos e os utilizamos? Porque a cruz de uns é maior que a de outros? Nascemos pecadores? Como olhar para um bebezinho recém-nascido é dizer que ele é um pecador? Realmente é difícil entendermos os desígnios de Deus... Eu fico aqui pensando e não consigo entender nada... Seria mais fácil se eu vivesse sem questionamentos, mas não consigo! Deus que me perdoe, nasci com o cérebro "pensante" demais...