sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Eu Voltei!





Academia


Parecia que tinha sido ontem que eu tinha estado lá, mas já haviam se passado cinco anos desde a última vez que fui à Academia... Era como se todos esses anos tivessem sido congelados no tempo... Na verdade, parecia que o passado não tivesse existido... Apesar de terem passado cinco anos desde que parei de treinar para ter meu bebê, parecia que o tempo tivessem se encolhido num minuto.
Encontrei o mesmo treinador, só com mais alguns cabelos brancos e aparelho nos dentes. Só isso, de resto parecia que tinha estado lá ontem, ganhado o meu bebê a noite e voltado no dia seguinte, mas não, passaram cinco anos... O pessoal perguntou quantos anos tinha agora o meu filho, e eu disse, cinco, vai fazer cinco dia quinze de Fevereiro... Ficamos alguns minutos calados, pensando nos últimos cinco anos, para mim foram cinco longos anos, mas naquele minuto parecia que tudo tinha acontecido há menos de uma semana... Por isso fico pensando: "- Será que o tempo existe mesmo?" Essa sensação foi muito engraçada, difícil de explicar, mas que todo mundo já deve ter sentido... Ao mesmo tempo me tornou leve, pois sei que passei por  muitas coisas nesses últimos anos, mas tudo passou, e eu estava lá de novo, na esteira, na bicicleta, fazendo musculação... Fiquei feliz!
Esses últimos anos não foram fáceis para mim, mas cada ano foi cheio de aprendizado. Houve momentos muito difíceis, mas momentos de muita alegria. Criar um filho de verdade não é fácil, exige muito de uma pessoa, exige dedicação, tempo e muitas coisas acabam ficando para trás... Acho muito fácil ter filho e colocar na creche para os outros criarem, ou deixar o bebê quase o tempo todo com uma babá... Ser mãe é saber que muitas coisas ficarão para trás, é colocar sua vida em câmera lenta, é abrir mão de muitas coisas, como seu sono, sua carreira profissional, seu lazer, sua vaidade, mas ao mesmo tempo é muito gratificante!
Eu sou feliz porque posso dizer que nestes últimos cinco anos que eu fui mãe de verdade não pela metade, e espero continuar sendo... O que eu faço, eu faço inteiro e não pela metade!  Meu parto foi normal, sem anestesia, meu obstetra chegou uma hora antes do bebê nascer, e depois ele disse, que "eu tive o bebê do jeito que minha avó teve seus filhos". Posso dizer: - Eu sei como um ser humano vem ao mundo de forma natural, em sua devida hora! Meu filho nasceu na hora, dia, mês e ano que deveria nascer! Eu me orgulho  por isso e agradeço à Deus por ter me dado essa experiência de vida, mas eu lutei por isso...
Aprendi que ser mãe solteira não é fácil, e posso ser solidária com todas as mães que passaram por isso, que enfrentaram tudo sozinha... Fiz questão de amamentar meu filho por muito tempo! Fiz questão de ser mãe! E para isso, abdiquei de muita coisa, mas fui muito feliz nestes últimos cinco anos e continuo sendo... Agora, com ele maior, cinco anos, estou podendo voltar a fazer as coisas que amava e não podia... Estou voltando... Não existe nada maior que o amor de uma mãe! Agora entendo porque alguns homens, geralmente presidiários tatuam no próprio corpo: "amor de mãe", porque por mais criminosos que eles sejam, eles mostram que amam suas mães... Eles não são completamente frios, sem amor, existe o amor de mãe...
O amor e o tempo não têm medidas para a alma...
    

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