terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Casa


A Casa

Saudades da minha casa
Onde lá não tinha muro
Seu número era trinta e nove
Na rua Porto Seguro

Era uma casa especial
Foi lá que eu cresci
Vivendo momentos felizes
Onde jamais eu os vivi

A paz reinava sempre
E todas as manhãs nascidas
Pareciam uma  manhã ensolarada
Mesmo que a chuva aparecia

Nossa casa era simples
Mas grande de felicidade
Todos que no bairro moravam
Tinham a mesma idade

Todos os vizinhos eram amigos
Não havia confusão
Era uma grande família
Num mesmo quarteirão

Na manhã de domingo
Nossa vizinha Luiza aparecia
Entrava sem bater na porta
Trazendo-nos alegria

Vinha comer os pedaços de pizza
Que da noite do sábado haviam sobrado
Ela não os deixava esquentar
Porque gostava de comê-los gelado

Nossa casa dava para duas ruas
Uma de cada lado
Não havia nas portas e portões
Nem trincas nem cadeados

O banheiro era lindo
Como nunca vi igual
Seus azulejos eram pretos e amarelos
Muito diferente do normal

Tínhamos um único quarto
Eu e minha irmãzinha
Em cada cama um lençol diferente
Da turma da Mônica e do Cebolinha

O quintal era grande
E seu o chão era feito
Com pedacinhos de lajotas
Todas espalhadas de qualquer jeito

Era uma casa especial
Onde vivemos grandes momentos
Uma das paredes de fora era feita
De várias pedrinhas marrons grudadas no cimento

O que separava a garagem do quintal
Eram quatro colunas finas de concreto
Pintadas de cores diferentes
Onde o desigual parecia certo...

Havia canteiros espalhados
Com rosas amarelas
e outras flores cresciam
De forma tão singela

Essa casa agora existe
Apenas na nossa lembrança
Nunca deixando nos esquecer,
Que somos uma eterna criança...

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