quarta-feira, 23 de julho de 2014

Os olhos falam!






Os olhos falam!


Às vezes, as palavras não são necessárias, ao contrário disso, são totalmente desnecessárias quando nada se pode dizer, e apenas "um olhar" diz tudo, por todos os anos, por todo sentimento escondido, calado, aprisionado por não poder ser...
Então, o olhar na chegada diz tudo: "- Quanto tempo! Estamos velhos! Estamos longe! Nunca poderemos ser dois, não há hipótese...!". Uma lágrima, escorre no canto dos olhos, é escondida, mas para quem ama, é perceptível como uma onda batendo numa rocha com toda força e se esvaindo novamente pelo mar, escondendo-se, deixando-se de ser emoção forte, deixando-se que o mar todo a leve e a adormeça para que não seja mais "onda", para que se esconda o amor... Apenas sonhos não vividos, apenas imaginação, apenas um sentimento guardado as sete chaves numa caixinha que nunca ninguém encontrará, mas que um olhar já mais é capaz de apagar...
E tudo se passa pelas trivialidades deste mundo, deste século XXI,  que história será essa contada daqui mil anos? Não sei, não sei, não sei...
É hora de partir, está tudo cumprido, tudo perfeito, "adeus" e de novo o olhar, olhar de despedida, o olhar que chora... A lágrima disfarçada escorre da face dele, Raquel sorri, mas seu coração já entendeu e chora... Não há tempo para tristezas, pelo menos para Raquel, mas para ele, ela nunca saberá o que aconteceu...
Então, passam-se três dias, e depois de toda atribulação, num momento de silêncio, Raquel se recorda daquele momento de chegada e de partida e daquela lágrima, e ela chora, chora... Um grande amor para recordar...



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