sábado, 17 de novembro de 2012

Primavera!





Primavera



E então, após quarenta anos vivendo nesse mundo, meus olhos puderam ver, como se fosse a primeira vez, a primavera! Não, não que eu estivesse com algum problema nos olhos que me impedisse de a enxergar, mas era como eu não a visse, devia estar muito ocupada com outras coisas, mas o milagre aconteceu! E eu dei Graças à Deus por poder vê-la, e minha vida valeu à pena por esse fato, ver a primavera!
E por onde eu passo, admiro a natureza, com as árvores todas em flor, e é um festival de cores das mais variadas possíveis! As cores são tão vivas que parece que não existe lápis ou tinta que possam a reproduzi-las e o espetáculo se faz presentes todos os dias perante meus olhos. Elas são flores rosas e lilás, roxas, amarelas, laranjas, brancas, vermelhas, etc. E isso aconteceu neste ano de 2012. Posso dizer que o ano passado eu estava impossibilitada de ver qualquer tipo de flor ou cor, enxergava tudo preto e branco depois que meu amigo Flavio partira desse mundo sem ao menos dizer "tchau", sem o poder fazer, não tivera tempo para dizer. Mas a vida é sábia e me faria ver a primavera no próximo ano...
Não fosse um outro amigo, o Pedro, mostrar-me as flores um tempo antes de toda tragédia acontecer, talvez estaria apreciando a primavera agora. Nós andávamos pela rua à pé ou de carro e ele ia me mostrando as flores, as árvores, e perguntando o nome delas eu não sabia dizer e então, ele falava: "- Esse é um Ipê, essa é uma bananeira, e assim por diante... O pior de tudo, é que pouco guardei na memória o nome das árvores, folhas, passarinhos, conchinhas do mar, tartarugas que ele via, mostrava-me e dizia o nome. Eu vou ter que arrumar um jeito de aprender o nome de toda essa natureza! E para terminar não posso deixar de dizer uma frase de um escritor que gosto muito, Antoine Saint- Exupéry: " Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."   

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