segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Janeiro de 2017









          Na verdade, o mês não deveria fazer diferença, mas o mês de Janeiro para mim é um mês estranho. Fico pensando, mil vezes, o que vou fazer da minha vida. Digo o que vou fazer da minha vida além das mil e uma coisas que faço, mas quero encaixar mais coisas...
          Além das coisas que tenho a fazer, como vou arrumar outra? Será que faço um curso de fotografia, de dança, de yoga, de pilates, de crossfit? É um mês perigo para mim...Será que presto um concurso arrumo outro emprego, revalido meu diploma para Portugal e mudo de país, compro uma bicicleta, um patins quatro rodas não todas alinhadas, guardo todo o dinheiro até o último centavo no cofrinho... Será que vou à praia ou não vou a lugar nenhum?  Será que faço aquela lista de tudo que quero e não quero fazer para 2017? Não sei, fico totalmente confusa. A única coisa coisa que tenho certeza é que terei que atender os vinte pacientes e seus acompanhantes esta tarde e quando termino parece que meu cérebro esteve numa frigideira, está totalmente frito. Não digo isso por maldade, amo meus pacientes, cada um deles, queria que Deus lhes devolvesse toda a saúde, que ficassem bons, aliás que nem existisse doença e nem morte, nada disso! Que não existisse nada disso, que fosse tudo tranquilo, mas é assim porque tem que ser... Chego em casa tão cansada, que já não quero pensar em nada...
          A verdade é que, logo às férias da Faculdade de Direito irão acabar, e então, uma parte da vida será estudar e não haverá tempo para mais nada, pois foi uma escolha que fiz há dois anos, e vou continuar até o fim! Que o terceiro ano da faculdade venha! Portanto, eu estarei aqui, mesmo querendo estar em outro lugar. Na verdade, vivemos em dois mundos, o mundo que julgamos real e o mundo da imaginação, nele fechamos e vamos, e fazemos o que quiser...
          Sinto falta dos meus amigos de longe...
          Depois de escrever tudo isso, Janeiro não tem tanta importância, mas ao mesmo tempo tem, continuo a pensar, o que posso fazer de mais, e mais, e mais... Sabendo que há coisas que não poderei fazer jamais, mas tem coisas que ainda posso fazer... O tempo passa tic-tac, tic-tac...


By Lilian Regina Gonçalves
09/01/2017

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